A duquesa vivia numa torre de calcário duro castanho onde nem as heras mais altas lá chegavam.
O tom dos cabelos da duquesa era loiro. Loiro caramelo, comprido ou longo, tanto importa. O nariz era reto e tão alto como a torre, já a boca era fina e tinha a prevalência da cor das rosas de sangue que ficavam no jardim abaixo da torre. As clavículas ,na pele fina e clara que de longe atentava fácil de rasgar, eram salientes tal como um lápis por trás de um lençol novo com cheiro a lavanda.
Os vestido eram sempre rosa de seda, as tiaras prata brilhante como as frigideiras da criada, e os pés delicados sempre com chinelos de lã branca das ovelhas do quintal.
O quarto onde irá morar por centenas, está coberto por orquídeas de vestígio marcante, que voaram com o vento leve pelas as janelas de calcário ainda mais escuro e pinturas com lobélias e jasmins-carolina percorrem as paredes do alto ao baixo.
A duquesa não é uma Rapunzel, uma Branca de neve, ou até mesmo uma Aurora a duquesa é a solidão da sua própria beleza, da sua própria delicadeza, da sua própria simpatia, da sua própria dignidade, da sua própria…