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Cruz Maria Lucas

As memórias de um emigrante...

Seu texto

Memórias de um emigrante…

Hoje dormi até mais tarde, pois é sábado. Quando acordei, o sol já irradiava luz e paz na janela do meu quarto. Olhei atentamente para tudo aquilo que me rodeava e pensei: “a vida é uma grande dádiva”.

            Depois de alguns instantes, fui para a cozinha, atraída pelo cheio ímpar dos folares que a minha mãe estava a tirar do forno.

            ____ Bom dia, mãe. Que cheirinho apetitoso! – disse eu com um grande sorriso.

            ____ Bom dia, minha querida. Senta-te, come uma fatia de folar e bebe um café.

             Eu sorri e dei um grande beijo à minha mãe, pois era mesmo nisso que estava a pensar.

            A minha mãe sentou-se ao meu lado e disse-me:

            ____Está um dia ótimo. Depois do almoço, tu e o teu irmão vão dar um passeio de bicicleta e visitar o tio António. Ele, desde que a esposa faleceu, tem andado muito triste, nem parece aquele homem valente e corajoso que sempre foi.

            ___ Será um prazer visitá-lo, pois gostamos muito de falar e de estar com ele. As histórias que ele nos conta são fascinantes, pois levando-nos a conhecer outras realidades e outros mundos!

            Após o almoço, a minha mãe embrulhou um folar, com todo o cuidado e carinho, e disse-nos:

            ____ Ide com cuidado, que Deus vos acompanhe. Diz ao tio para amanhã vir almoçar connosco.

            Eu e o meu irmão fizemos o percurso com grande satisfação, pois o cheirinho emitido pela natureza dava-nos motivação e alegria para pedalar com mais força.

            Quando nos estávamos a aproximar da casa do tio António, constatamos que este estava na horta a plantar hortícolas.

            ____ Olá, tio! – gritamos os dois em simultâneo.

            ____ Olá, meus traquinas! O que andais a fazer?

            ____ Viemos visitá-lo!

            ____ Estou aqui a plantar umas alfaces. Já vou ter convosco!

            ____ Quer ajuda? – perguntou o meu irmão.

            ____ Muito obrigado, mas não é necessário. Já estou a terminar. – respondeu o tio, levantando o chapéu de palha e sorrindo.

            ____Nós estamos cheios de sede, vamos ali beber água no fontanário.

            ____ Ide, ide…

            Quando voltamos, o tio António já estava à nossa espera, sentado no banco de pedra que tem no seu jardim.

            ____ Temos aqui um folar para o senhor e a minha mãe disse para amanhã ir almoçar connosco.

            ____ Diz à tua mãe que agradeço, mas amanhã tenho um almoço com alguns camaradas que andaram comigo na Guerra Colonial.

            ____ O tio andou na guerra?  - perguntou o meu irmão, muito surpreendido.

            ____ Andei, meu filho! Assentei praça no Regimento de Infantaria N.º 13, aquartelado em Vila Real. Após a recruta, enviaram-me para a Regimento de Infantaria N. º2, em Abrantes. De seguida, enviaram-me para o Regimento de Infantaria N.º 14, base militar de Viseu e daí para Luanda, para a chamada Guerra Colonial. O navio demorou nove dias a chegar a Angola! Passei lá momentos muito difíceis…Vi morrer à minha frente muitos camaradas! – referiu o meu tio com uma tristeza evidente no seu rosto e na sua voz.

            ____ Então já estive no continente africano! – afirmou o meu irmão.

            O tio António sorriu e disse-lhe:

            ____ A minha vida dava um filme!

            ____ Conte-nos, tio. A Maria gosta muito de escrever, até pode escrever um livro com as tuas memórias!

            O tio deu uma enorme gargalhada e continuou a falar, como se estivesse a viver tudo novamente.

            ____ Quando vim da Guerra, casei-me, mas a nossa vida era muito difícil. Não havia onde ganhar um tostão. Eu trabalhava desde o nascer do sol até ao anoitecer, mas não tínhamos nada! Como tinha dois filhos e lhes queria proporcionar uma vida melhor, quando me disseram que havia um homem em Valpaços que passava as pessoas a “Salto”, para França, não hesitei. Através de um amigo, entrei em contacto com ele. Tinha de pagar 14 contos e ele ajudar-me-ia a chegar a França e a arranjar lá trabalho. Era uma emigração ilegal. Com algum dinheiro que o Estado Português me tinha pago, quando estive na guerra, e com a venda de uma junta de vacas, consegui o dinheiro necessário.

            No dia 10 de fevereiro de 1967 estava um frio de rachar e eu, apenas com a roupa que tinha vestida no corpo, entrei num velho Peugeot, com mais dois rapazes aqui da aldeia. O condutor ajudar-nos-ia a chegar a França. Contudo, quando chegamos perto da fronteira espanhola, depois de termos atravessado a cidade de Chaves, como não tínhamos passaporte, apenas seguiu no carro o homem que o conduzia e que nos tinha prometido que conseguiríamos chegar a França. Nós tivemos que sair do carro e atravessar o rio! Quando cheguei à outra margem, já em Espanha, pensei que ia morrer gelado! O homem que nos estava a ajudar já estava à nossa espera, junto à margem do rio. Fomos para uma casa degradada que encontramos no monte, fizemos uma fogueira e eu e os outros dois que tinham atravessado o rio comigo secamos a roupa no corpo, com o calor emitido pela fogueira! O velho Peugeot acabou por avariar e tivemos de atravessar os Pirenéus a pé! Houve muita gente que atravessou toda a Península Ibérica a pé. Os Pirenéus foram uma espécie de cemitério de migrantes. Como numa manada, o ritmo desta travessia era muitas vezes marcado pelos mais lentos. Quando os mais lentos se tornavam um fardo demasiado pesado e, eventualmente, punham em risco o objetivo e mesmo a sobrevivência de todo o grupo, era preciso deixá-los para trás. Ouvi muitos relatos coincidentes no desfecho: muita gente morreu. Houve mesmo quem caísse por aquelas montanhas abaixo. Outras vezes ouvia-se um tiro. O desespero era tanto que havia quem se matasse! Eu próprio reconheço que só sobrevivi devido à minha robustez e preparação física, pois tinha vindo há pouco tempo de uma guerra onde fui treinado e preparado para sobreviver ao pior!

            Do lado de lá, depois de termos sobrevivido ao medo, ao frio, à fome e de termos bebido água nos ribeiros e nos rios, finalmente a França! Estávamos na estação de Hendaye, de onde partiam os comboios rumo a uma nova vida. Há quem diga que “muitas vezes, os maquinistas, sabendo quem éramos e da nossa condição, desligavam as luzes”. E, assim, os portugueses que saltavam os rios e as montanhas viajavam para o “coração” da França, na escuridão da noite, graças à boa vontade e solidariedade de alguns franceses.

            Eu fui para os arredores de Paris, pois o homem a quem paguei para me ajudar a chegar lá garantiu-me emprego, encontro com compatriotas, maior facilidade no acesso a documentação…era um destino preferencial.

            Fui para uma pequena cidade a sudeste de Paris, “Champigny-sur-Marne”, que chegou, segundo dados oficiais, a albergar mais de quinze mil imigrantes portugueses num bidonville, isto é, num bairro de lata.

            Quando lá cheguei, deparei-me com muita miséria. Só se via barracas, casas improvisadas, sem soalho, de chão de terra, paredes feitas de tábuas e telhados em chapas de zinco. Viam-se muitas crianças sujas e descalças, com roupas todas rasgadas e velhas. Havia lama por todo o lado.

            Contudo, tenho que vos dizer que, quando lá cheguei, vi logo que havia entreajuda e solidariedade. Aquela gente, que andava descalça na lama e tinha construído barracas de madeira e chapa de zinco, que por vezes dormia vestida no chão, essa gente abria a “porta” a quem chegava e nada trazia. Havia sempre um teto, mesmo que improvisado, e um lugar à mesa para mais um conterrâneo.

            A nossa força de vontade, de tão grande que era, ajudava-nos a ultrapassar a miséria e a saudade. Éramos muito trabalhadores, humildes e amigos. Foi assim que conseguimos sobreviver e até dar “uma volta ao destino”.

            Só não trabalhávamos ao domingo. Nesse dia, aproveitávamos para falar uns com os outros, jogávamos as cartas, bebíamos uns copos e eu até tocava umas músicas na minha velha concertina ou então ouvíamos os fados da “eterna” Amália Rodrigues.

            Muita gente não sabe os sacrifícios e as privações que passávamos! Quando já tínhamos uns tostões e vínhamos a Portugal, éramos muitas vezes gozados. Éramos os avecs, com os filhos Jean, François, Pierre,… até inventavam anedotas: “ Vien ici Pierre, ne cours pas que tu vais cair, meu…”! Tudo era motivo para nos discriminarem. Nem quando vínhamos para a nossa terra nos sentíamos verdadeiramente incluídos na sociedade. Havia risinhos e muitas pessoas apontavam para o autocolante da Federação Portuguesa de Futebol, que muitos de nós colocávamos no vidro traseiro dos nossos automóveis, com matrícula francesa e com “aileron”.

            Nem imaginais o sofrimento, o trabalho e a miséria que muitos passaram para poderem fazer uma casa na sua terra natal. No entanto, havia sempre quem nos chamasse ignorantes e se risse das nossas vivendas de telha preta e caixilhos dourados, sem saberem que tudo isso nos dava a sensação extraordinária de ter conseguido vencer.

De repente, vi que o tio tinha as lágrimas a escorrer a fio pelo rosto.

____ Tio, o senhor está a chorar! Se não quiser falar mais disso, não fale.

____ Ó minha filha! Não é com tristeza que estou a chorar! De repente, fui invadido por uma vaga incontrolável de orgulho. Tu nem imaginas como nós nos sentíamos quando víamos alguém do nosso país a vencer. Quando o Eder marcou o golo no Europeu de França, quando a Rosa Mota e o Carlos Lopes foram campeões olímpicos… Ao vermos a bandeira portuguesa no lugar mais alto, o nosso hino a soar nos altifalantes… Para nós era uma sensação única, não tem descrição.

Muita gente não dá valor, mas a verdade é que os portugueses emigrados em França e noutros países da Europa, na sua grande maioria, conseguiram ascender à classe média, se não logo na geração que migrou, na outra imediatamente a seguir. Houve verdadeiros casos de sucesso pois, em cerca de duas décadas, muitos conseguiram ter casa própria, proporcionar até educação universitária aos seus filhos e ter um “pé de meia” para ter uma velhice confortável.

___ Então, por tudo o que viu e viveu em França, considera que a comunidade portuguesa se conseguiu integrar rapidamente na comunidade francesa? – perguntei eu, apesar de estar consciente de que a resposta ia ser sim.

___ Sem dúvida que sim, apesar de não ser usual uma comunidade emigrante conseguir integrar-se tão rapidamente numa comunidade anfitriã. Mas nós fomos realmente um caso de grande sucesso: éramos muito educados, humildes, disciplinados, de confiança, muito trabalhadores e não provocávamos distúrbios. Atualmente, reconheço que éramos pessoas incríveis, estávamos ali para superar o impensável, para conseguirmos ter uma vida melhor.

____ Pelo que eu já estudei na disciplina de história, também havia uma grande proximidade cultural e religiosa entre Portugal e França. Não terá isso também contribuído para a integração e posterior inclusão dos emigrantes?

____ Sim, com certeza que a proximidade cultural e religiosa entre os dois países contribuiu para a integração e até mesmo para a inclusão. Mesmo que muitos de nós não soubéssemos falar devidamente o Francês, acabávamos por “falar a mesma língua”! Talvez não saibas, mas muitos portugueses da primeira geração de emigrantes não sabiam sequer ler nem escrever! Contudo, conseguiam ultrapassar esse obstáculo pela capacidade com que executavam os trabalhos braçais e pelo empenho, dedicação e responsabilidade com que executavam, sem reclamar, todo o tipo de tarefas pesadas e, muitas vezes, de risco. Mesmo que analfabetos, estávamos sempre focados no trabalho, pois tudo o que fazíamos era trabalhar, trabalhar e poupar, para darmos melhores condições do que aquelas que tivemos aos nossos filhos.

O meu irmão, que estava a ouvir com muita atenção e concentração tudo o que o tio António dizia, de repente pergunta:

____ Tio, porque é que emigrava tanta gente para a França?

____ Ó meu rapaz, tu nem consegues imaginar como era a nossa vida aqui em Portugal, naquela época!

A emigração portuguesa para França começou a ganhar expressão no final dos anos 50, mas é nas décadas de 60 e 70 que atingiu o pico. A pobreza, a ditadura, a falta de perspetivas de um futuro melhor em Portugal faziam com que os portugueses olhassem lá para fora, não só para a França, mas também para outros países da Europa, como o Luxemburgo e a Alemanha, como um caminho para uma vida melhor. Os jovens daquela época também tinham sonhos e desejos, eram ambiciosos, queriam para eles e para a família algo mais que não fosse aquele conformismo do tradicional português humilde do meio rural, votado a uma existência de privações, trabalho de sol a sol, para, muitas das vezes, viver na miséria!

Obviamente, o deflagrar da Guerra Colonial veio agravar a situação e empurrar muitos jovens e adolescentes para essa fuga impiedosa que era a “Viagem a Salto” das províncias de Portugal. A emigração era, na sua esmagadora maioria, protagonizada por pessoas do meio rural que tentavam chegar àquele lugar seguro, que ficava para lá dos Pirenéus. Sei de alguns jovens que, com apenas 14 anos, foram para França para fugir à tropa e à obrigatoriedade de ir para a guerra.

___ Tem fotografias da época em que chegou a França? – perguntou o meu irmão.

___ Não, mas tenho ali um álbum fotográfico de Gérald Bloncourt. Quereis ver?

___Quem é Gérald Bloncourt? - perguntou o meu irmão, com uma enorme curiosidade.

O Tio António sorriu e disse calmamente:

___ Gérald Bloncourt foi um pintor e fotógrafo francês de origem haitiana. Ele foi, sem qualquer dúvida, o principal documentalista visual, através da fotografia, da grande massa migratória portuguesa. Muitas das fotografias e retratos tirados, sobretudo onde eu vivi quando cheguei lá, no bindonvillhe de Champigny, são da sua autoria, incluindo as imagens mais emblemáticas, atualmente tornadas ícones.

___ Eu já ouvir falar dele!

___ Ai já? – perguntou-me o meu tio.

___ Sim. Há uns tempos atrás vi um documentário na televisão sobre a emigração portuguesa e falavam sobre Gérald Bloncourt. Referiram que, pela atenção que dedicou e pelo trabalho que realizou em torno do fenómeno da emigração portuguesa em França, foi distinguido pelo Presidente da República Portuguesa, o professor Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no dia 10 de junho de 2016.

 Tio, as comemorações oficiais, nesse ano, aconteceram pela primeira vez numa cidade fora do nosso país, tendo o reputado fotógrafo sido condecorado na cidade simbólica de Champigny, com a ordem de Comendador de Ordem do Infante D. Henrique.

No documentário até referiram que o espólio deste famoso fotojornalista, que durante muitos anos escreveu e fotografou com luz a vida dos portugueses em França e em Portugal, faz parte do arquivo do museu das Migrações e das Comunidades, sediado em Fafe.

 O Gérald Bloncourt faleceu em 2018, já tinha mais de 90 anos.

___ Tu sabes umas coisas, rapariga! – disse o meu tio, colocando-me a mão na cabeça com carinho.

___ Por favor, mostre-me o álbum que tem com as fotografias que ele tirou. – pedi eu ao meu tio.

Ele foi buscar o álbum e eu e o meu irmão observamos cada fotografia deste com grande atenção e respeito, pois cada fotografia era um verdadeiro testemunho do duro quotidiano que os nossos compatriotas viveram nos primeiros anos da grande vaga de emigração para França.

Depois de termos visto todas as fotos, o meu tio fechou o álbum com todo o cuidado e referiu:

___ Atualmente, é tudo mais fácil. Os jovens que emigram têm, na sua maioria, boas qualificações académicas, muitos deles sabem falar várias línguas. Há as novas tecnologias de informação e comunicação que nos permitem comunicar e ver as pessoas que estão noutros países. Antigamente, esperávamos com grande ansiedade o carteiro com uma carta da família… - disse o meu tio com a voz trémula e as lágrimas a saltarem dos olhos.

___ Tio, agora o mundo é uma “Aldeia Global” – referi eu a sorrir.

O meu irmão resolveu intervir na nossa conversa e, para alegrar o tio António, perguntou:

____ Tio, tem aí a sua concertina?

____ Tenho, e o trompete também. – mencionou o tio limpando as lágrimas do rosto.

O tio António levantou-se, foi guardar o álbum e trouxe os dois instrumentos musicais. A sorrir perguntou-nos:

____ Quereis que toque na concertina ou no trompete?

____ Toque uma música na concertina e outra no trompete. – disse o meu irmão.

____ Está bem. Que músicas quereis ouvir?

____ Toque duas das suas preferidas. – disse eu.

____ Então vou começar por tocar uma canção de uma portuguesa que, tal como eu, emigrou na década de sessenta para França. Ela, através das suas canções, retratava muito bem a vida e os sentimentos dos emigrantes portugueses.

____ Como se chama essa canção e quem é que a cantava? – perguntou o meu irmão com grande curiosidade.

___ Chama-se “Um Português – Mala de cartão”, e era cantada pela Linda de Suza, que faleceu há poucos meses em França.

O meu tio começou a cantar e a tocar. Eu e o meu irmão gostamos tanto da música, que começamos a dançar. Até as vizinhas vieram à janela e, com grande alegria, batiam palmas!

___ Por favor tio, toque outra música, toque! – insistíamos nós.

___ Está bem, mas só mais uma, pois estou velho e sem fôlego! Vamos ouvir ao som deste trompete mais uma música da Linda de Suza, “Uma moça chorava”.

Nós sentamos-mos ao seu lado, a ouvir com toda a atenção e admiração.

Adoramos as músicas e, no final, o meu tio disse:

_____ São horas de irmos merendar. O cheiro do folar que me trouxestes está a dar-me água na boca!

Enquanto nos deliciávamos com o folar e o pão de centeio, acompanhados com as compotas que o tio faz com a fruta biológica que colhe das árvores do seu quintal, este disse-nos:

___ Espero que nunca tenhais de abandonar o nosso país por causa da guerra ou por motivos económicos. Aqui é a nossa pátria! O nosso coração bate mais alegremente, o céu é mais azul, as estrelas resplandecem mais intensamente, os raios de sol são mais brilhantes e clareiam o nosso dia e a nossa vida com mais alegria…

Andei por muitos lados, mas é aqui que quero ficar para sempre…. Aqui, o cheiro da terra após uma trovoada de agosto é único.

Contudo, reconheço que, tal como a terra seca anseia pela chuva, os jovens anseiam sempre por uma vida melhor!

Demos um grande abraço ao tio António e despedimo-nos com a promessa de que regressaremos em breve.

O dia está a terminar e, tal como pensei ao acordar, “a vida é uma dádiva” e cada fase desta é uma oportunidade única para viver, aprender e compartilhar as nossas experiências…




Envoyé: 21:35 Sun, 12 March 2023 par: Cruz Maria Lucas