Esta sociedade em que vivemos não me seduz.
Em primeiro lugar, estão constantemente a julgar tudo e todos, e é devido a esse julgamento que surge a pergunta indecisa! Faço ou não faço? Faço ou não faço? Começo a fazer, mas depois paro e volto a começar e volto a parar. Por causa destas criaturinhas irritantes e insatisfeitas com tudo nunca sei o que devo ou não fazer, porque se faço, faço mal, se não faço é porque devia ter feito. E se faço apontam todos os erros deste mundo e do outro: “devias ter feito melhor”, “se fosse outro a fazer ficava muito melhor”, “julgaste mal” e por aí a diante. É por estas e por outras que esta sociedade de vermes não progride, mas sim retrocede no tempo. São piores que bactérias resistentes a antibióticos. Mas Atenção! Que se alguém se atreve a julgar as “madames” que tecem críticas aos outros, o mundo cai, parte-se em dois e acaba. Como se quem julga fosse a autoridade máxima e ninguém os pudesse julgar a eles.
A segunda razão que me leva a desgostar fortemente da sociedade é a sua capacidade de julgar as pessoas pela sua aparência. Os gordos deviam ser magros, os magros deviam ser gordos, se perdessem uns quilinhos ficavam melhor, mas outros se ganhassem uns quilos também não matava. Os altos são como árvores, mas os baixos já são anões. No que toca ao corpo das mulheres ou são umas “tábuas rasas” ou então têm “tudo o que é bom e tudo no sítio”. No que toca aos homens de preferência devem ter mais de 1,70 m, serem uns “bad boys” e terem um músculo visível.
Isto demonstra que não há um consenso na sociedade, e que há certos padrões que devemos seguir. O resultado é: sejam gordos ou magros, altos ou baixos, bonitos ou feios! Quer façam as coisas bem ou mal, para a sociedade de hoje em dia nunca chega nem se é bom o suficiente.