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Guedes barbosa Matilde


A viagem

A Viagem (book 1)

 

POV Matilde

Era 27 de Outubro de 2018 eu morava com a minha amiga numa casa um tanto quanto grande, para duas pessoas. No mesmo Dia estávamos sentadas cara a cara a almoçar até que me veio a ideia de irmos viajar juntas. Como a gente sempre viajávamos juntas isso nunca foi um problema, a maior parte das vezes íamos para Portugal onde temos nossa Família, mas algumas de nossas Viagens eram para a França ou Alemanha, mas já estava cansada de ir sempre pro mesmo sítio todos os anos por isso decidi perguntar-lhe aonde ela queria ir.

‘’ Jennie onde queres ir estas ferias? Para Portugal outra vez ou não?’’ perguntei.

‘’ Portugal outra vez...nah bora para outro sítio’’ responde

‘’Sei lá França, Alemanha ou Bélgica, não faço a mínima’’ respondo após alguns minutos.

‘’França outra vez...prefiro morrer yeah’’ diz indignada.

‘’Então onde queres ir?’’ pergunto pela terceira vez a espera de uma resposta.

‘’hmmm.. já sei vamos para a RUSSIA.’’ diz animada.

‘’Que!! Tens certeza disso” digo um pouco desconfiada.

‘’Claro tu sabes como eu sou tona, se eu digo que é para a Rússia que quero ir é porque quero ir e ninguém me vai fazer mudar de ideias nem sequer tu’’ diz metendo o pedaço de Pizza na boca.

‘’tens razão, se tu o disse é porque temos de ir lá.’’ digo a apoiando

‘’ainda bem’’ diz com a boca cheia e levando a mão até o telemóvel.

Apos almoçar Jennie levanta-se e diz:’’ Vou ver para comprar os bilhetes porque se não a merda do preço vai aumentar o triplo e eu não quero pagar três mil por dois bilhetes para ir para a Rússia’’

‘’Ta se tu o disse é porque é verdade’’ digo sarcasticamente.

‘’Cala-te tona’’, ‘’Foda-se sempre a mesma merda já pensaste em ser normal ou não esta nos teus planos.’’ grita do outro lado da enquanto morro de rir.

Vou ter com Jennie para a ajudar com os bilhetes ou para ser mais sincera para a ouvir gritar com o computador quando ele demora para abrir o site. Os bilhetes estavam a um preço aceitável para ir no dia 30 de Outubro, só que ela não queria ir nesse dia, ela queria ir hoje. Por milagre ainda avia bilhetes para hoje as cinco e meia por isso decidimos comprar. Ainda são uma e cinquenta, mas Jennie como é meia ansiosa tinha de ir fazer as malas na mesma hora. Ela sai a correr da sala e desce as escadas quase caindo, mas isso não a impede de ir buscar as merdas das malas. Não a podia deixar sozinha por isso foi atras dela, pegamos nas malas e as prepararmos com tudo que íamos precisar durante duas boas semanas. Tínhamos as malas prontas em duas horas.

Apos alguns minutos Jennie entra no meu quarto apresado e diz:’’ Matilde levanta-te dessa cama e vamos temos só mais duas horas e vinte minutos para chegar ao aeroporto’’, “ Vou chamar o uber para nos levar ao aeroporto.’’.

‘’esta bom da me alguns minutos vou vestir outra roupa ’’digo me levantando cheia de sono pois Jennie tinha acabado de me acordar. Pego uma roupa mais casual enquanto Jennie sai e vai pro quarto dela e veste uma roupa mais confortável. Pegamos nossas malas e um casaco e fomos esperar na porta pelo uber.

Enquanto esperávamos nosso vizinho passa e pergunta: “Querem uma boleia para algum lugar? Eu vou sair agora por isso se precisarem é só dizer.”

“Clar....’’ tento dizer antes que a Jennie me interrompesse.

 “Não é preciso já chamamos um uber’’ diz enquanto aperta meu braço.

Nosso vizinho sai com uma cara de desconfiado. Apos alguns minutos nosso uber chega. Sentamos nos bancos de trás pois já tínhamos ouvido várias histórias de merdas que aconteceram com quem sentou no banco da frente por isso tentávamos evitar isso a todo custo. Estava indo tudo bem até que o condutor do uber começou a puxar conversa e a fazer várias perguntas um pouco demasiado pessoais. Tentávamos trocar de assunto só que não tinha como desviar das perguntas dele, ele era bem persistente e não aceitava um ‘’ não quero responder a essa pergunta’’ ou ‘’ não me sinto nada confortável ou responder a essa pergunta’’ como resposta. Jennie olhou para mim como se tentasse me dizer que queria sair. Não vou mentir isso deu medo até de mais, ainda estávamos na autoestrada por isso decidimos ficar e continuar nossa rota. Até que o uber decide abrir a boca outra vez só que desta vez para perguntar: ‘’ para onde duas jovens meninas vão sozinhas?’’

“ r..r...rússia’’ Jennie responde gaguejando um pouco.

“ que bom’’ responde o uber com um sorriso um pouco questionável.

“ porque pergunta?’’ Jennie pergunta um pouco desconfiada.

“ Por nada é só que nunca vi duas garotas tão jovens ir para tão longe é a primeira vez, e olha que sou uber a dez bons anos’’ responde o uber rapidamente.

Apos isso não se ouvia nada no carro só o rádio, chegamos ao aeroporto três minutos antes do previsto por isso Jennie e eu aproveitamos para ir comprar Starbucks e descer imediatamente para as portas de embarque. Estava tudo bem por enquanto até que do nada ouvimos uma voz familiar atrás de nós, isso foi como um caminhão de memórias que caiou sobre nós.

Era um homem, ele disse o seguinte: ‘’ Gutten Nachmittag, Mädchen’’

“merda, não ele outra vez’’ Jennie diz um pouco irritada.

“ Calma Jennie pode nem ser ele pode ser qualquer outra pessoa’’ digo na esperança de não ser quem nos estávamos a pensar que era.

“ Gutten Nachmitta....’’ dissemos nos virando para a ver quem estava atrás de nos antes de nossa voz ir embora.

“ Was macht ihr hier ganz allein?’’ pergunta antes de Jennie agarrar meu braço e me virar de costas para nosso antigo professor de história.

“ tu disseste que podia não ser ele e quem é O MÁRIO OUTRA VEZ’’ diz com um pouco de raiva.

“ Sei la não sou bruxa para prever o futuro!’’ digo tentando entender a raiva de Jennie.

Jennie ignora o que eu disse e vira-se, a mesma olha para o antigo professor e diz: ‘’ wir gehen in Ferien sehen sie nicht’’.

“ Na clar sehe ich es aber wohin geht ihr?’’ pergunta como se esteve interessado em saber.

“ Nach Russland und ihr?’’ respondo sentindo os olhares mortais de Jennie sobre mim por estar a conversar com ele.

“ Das ist aber witzig, ich gehe auch nach Russland’’ diz dando aquela risada de merda no fim de sua frase.

“ não tem piada nenhuma’’ sussurra Jennie no meu ouvido.

“ eu sei, mas não podemos fazer nada’’ sussurro de volta.

“ ou será que podemos’’ diz com cara de psicopata.

“ Ok Mädchen ich hoffe wir sehen uns noch einmal in den Ferien’’ diz enquanto saia da nossa frente.

“ Vai pro caralho, filho da mãe ‘’Jennie diz quando tem certeza de que ele foi embora.

“ Ok calma Jennie, eu sei que ele pode ir com nós no mesmo avião, mas nada nos vai impedir de ter umas boas ferias não é mesmo’’ digo a espera de um ‘’tens ração’’.

“ Não tudo pode dar errado a partir de agora não sei se sabes disso’’ disse quase gritando.

* Queridos passageiros do voo 1899 podem começar a fazer fila para o embarque o vosso avião já esta a espera. *

Apos alguns minutos chega a nossa vez de embarque, mas do nada ouve-se uma expulsão. Um avião acabou de explodir durante a descolagem. Senti o medo me consumir-me estava sem palavras para descrever o que tinha acabado de acontecer. Cheguei-me mais perto de Jennie e senti que sua mão estava completamente gelada, olhei para a mesma vi o medo nos olhos dela.

Apertei a mão da mesma e disse em seu ouvido: ‘’ esta tudo bem nada vai acontecer com a gente, deus está com nós, acho eu.’’  

‘’ Não estas a ajudar nem um pouco’’ diz olhando no fundo dos meus olhos. 

‘’ Eu sei desculpa saiu sem pensar duas vezes.’’ digo me sentindo um pouco mal.

‘’ Ok vamos entrar’’ diz entrando para dentro.

Entramos no avião procuramos nossos lugares e nos assentamos. Já que tínhamos cinco horas de viagem pela frente, começamos por ouvir música, depois decidimos comer alguma coisinha. Apos mais ou menos duas horas só a ouvir música, o sono chegou então encostamos a cabeça uma na outra e acabamos por dormir por um bom tempo. Acordei com um barulho estranho um ‘’ Piip’’ claro senti meu coração quase a sair pela boca. Acordei a Jennie quase levei um soco nos dentes, mas desviei a tempo.

‘’ Que merda é que tu já fizeste’’ diz enquanto esfregava os olhos com as mãos.

 ‘’ Eu não fiz merda nenhuma desta vez, acho eu’’ respondo coçando a cabeça.

 A mesma ri e dá-me um estalo dizendo a seguir ‘’ Pipi und Kaki in Pipikakaland’’

‘’ Acho que fodeu, mas tipo? de verdade?’’ digo passando a mão na cara.

‘’ COMO ASSIM FODEU DE VERDADE DESTA VEZ, O QUE TU FIZESTE TONA’’ grita no meio do nada.

‘’ calma tipo eu acabei de ouvir um ‘’Piip’’ sabes o que significa?’’ digo tentando acalmá-la.

‘’ Não, o que significa?’’ pergunta calmamente.

‘’, SIGNIFICA QUE VAMOS ACABAR POR MORRER’’ digo quase gritando no avião.

‘’ Cala-te tona, asserio tu as vezes, também és uma deficiente’’ diz me dando um soco no braço.

‘’ foda-se, mas é verdade, então, cala-te’’ digo com a mão no braço.

*Queridos passageiros, que estão presentes aqui com nos, eu capitão Anal e meu companheiro Rui António, queríamos agradecer por ter escolhido a nossa companhia aérea ‘’ Vai pro Caralho’’, mais conhecida por única companhia aérea que faz viagens para a Rússia. Mas não era disso que queria vos informar, queria vos informar que estamos a dois minutos da Rússia só estamos parados no ar porque o sinal aéreo ficou vermelho e não podemos passar o vermelho então yh*

‘’eu disse-te que íamos morrer’’ digo com cara de quem tinha razão.

‘’ porque dizes que vamos morrer?’’ pergunta com cara de quem não sabe o que acabou de acontecer.

* Queridos passageiros, queria vos informar que iremos aterrar então apertai os cintos que aqui vamos nós. *

“Okay agora segura-te porque se acontecer alguma coisa vamos morrer, mas pelo mesmo não vamos morrer sozinhas né.” digo pondo minha mão na mão dela (isto foi muito gay, mas ok)

“cala-te tona asserio já estou farta de estar aqui presa contigo.” ela diz tirando a mão

“calma só estava a brincar ok eu paro.”digo tirando a mão logo em seguida.

Aterramos estava indo tudo bem até a hora de sair, pegamos nossas coisas e nos dirigimos a porta. Na porta, recebemos uma lembrancinha, um saquinho de cocaína aos adultos e as crianças um saquinho de ervas que fazem bem a felicidade. Ao sair Jennie estendeu a mão em minha direção fiz o mesmo pegando o saquinho que lhe foi dado. Descemos as escadas, enquanto eu descia as escadas devagar para não tropeçar, Jennie descia as escadas correndo e acabou por pular o último degrau o que a fez cair de cara. Ela se levanta rápido e começa a rir do nada como se não tivesse acontecido nada. Olhei para a mesma rindo baixo, ela olha de volta e começa a rir bem alto. Tão alto que um homem chegou a nos perguntar se estava tudo bem. Nós dá maneira que somos só dissemos que sim só tínhamos nos lembrado uma merda que tinha acontecido antes de chegar ao aeroporto o que era completamente mentira claro. Saímos do aeroporto e decidimos chamar um táxi, o único problema era que nós não sabíamos como chamar um táxi, então fomos perguntar a uma pessoa desconhecida ou era que nós pensávamos.

“Hey Sir, I’m so sorry for bothering you, I just wanted to know if you could tell us how to call a Taxi here?” Jennie perguntou a primeira pessoa que viu.

“Hel…” o homem disse se virando para nós.

“Oh gute nein” Jennie disse vendo quem era.

“Oh ihr seid es, ich wusste, dass ich diese Stimme kannte.” o homem disse nos olhando de cima a baixo. Era nosso antigo professor de história mais conhecido por Pinto (sei lá porque não ser ele outra vez não é mesmo).

“Já, wir sind es noch ein mal.” Jennie disse com um sorriso falso na cara.

“Nartürlich kan ich euch es sagen.” diz pegando o telemóvel que estava no bolso do casaco meio amarelo (o de sempre né).

“Also wer hat sein Handy in Hand” ele pergunta.

“Foda-se nem para parar com a merda do alemão ele para” Jennie sussurra um pouco alto.

“Cala-te meu não vês que ele ouve bem caralho.” sussurro em seu ouvido.

“Não quero saber assim pelo menos tenho a certeza que ele sabe que estou a falar dele.” Jennie diz.

“Okay, tens razão Jennie eu posso bem começar a falar português com vocês já que já acabaram a escola não é.” ele diz concordando com a Jennie.

“Ainda bem que sabes.” Jennie disse.

“Então, liga ou número 72567380.” ele disse olhando para a Jennie.

“E depois.” Jennie perguntou.

“E depois liga ó burra.’’ digo olhando para a Jennie.

A mesma liga para número que lhe foi dado. Pensava que não iria dar em nada ou que ninguém iria atender pelo contrário um homem de aproximadamente 43 anos atendeu.

“Privet dobryy den’, Mogu ya chem-nibud’ pomoch’?” (olá, bom dia, como posso ajudar) o homem disse. Nos como as melhores pessoas russas da vida intendemos um grande nada.

‘’E agora puto’' Jennie disse bem baixinho para que o Homem não ouvisse.

‘’. Sei la fala em inglês mano.’’ digo dando ideia a mesma.

‘’ ok agora cala-te'’ ela diz bem agressiva, ‘’ Hello, I wanted to know if you can send a Taxi to the Airport for me and my friend, please. ‘’

‘’ Oh, ok I will be there as fast as I can.’’ o homem do outro lado do telemóvel disse.

‘’ Okay, thanks. ‘’ ela respondeu com uma voz bem doce.

‘’ então no que deu.’’ pergunto bem preocupada.

‘’tudo bem agora é só esperar.” Jennie diz calmamente.

Após 10 minutos o ráxi chega. O condutor do táxi era um homem novo, novo o suficiente para ter a nossa idade.

“Hello, girls.” ele fala nos olhando de cima a baixo

“Good Morning sir” falo analisando ele.

“Where is your destination?”  pergunta olhando nos polo retrovisor

‘’So, drive us to the street Naberezhnaya, Kryukova Kanala” a Jennie fala seria.

“ could you specify the place, so that I know exactly where it is.” ele disse ligando o carro.

“It’s none of your business just drive us to our destination” a Jennie fala rápida e fria.

“y-yes sorry” fala com a voz tremula, coitado até eu senti frio na espinha.

Não demorou muito para ele nós deixar no começo da estrada e a gente o pagar. Saímos do carro começando a andar. Olhava para os redores vendo um homem em preto sentado num banquinho a frente de um rio ele não se mexia só olhava para o nada. Achei um pouco estranho, mas não prestei mais atenção e volto a concentrar-me no caminho que fazíamos.

Alguns minutos depois já tínhamos entrado no hotel que comparado ao lado de fora estava quentinho. Vomos acolhidas por uma senhora que parecia já ter uma certa idade. Ela já sabia quem éramos então sem enrolações levou nos até ao nosso quarto. Durante o trajeto ela perguntava coisas aleatórias.

Entramos no nosso quarto, ele é grande tem duas camas, um escritório, uma casa de banho grande com banheira e duches e por fim uma mini varanda. Começamos a nos instalar, a Jennie não parava de reclamar, mas eu não prestava atenção.

“Puto juro está merda cheira pior que quando sou eu que vou cagar” fala a mesma.

“Cala-te porra” falo já meio cansada das merdas dela.

‘’Não, tu não estás a entender o que está a acontecer literalmente...’’ ela diz antes que eu a interrompesse.

‘’Jennie já chega disso literalmente foste tu que compraste os bilhetes e foste tu que reservaste o hotel, então não me venhas com essas merdas que eu não estou aqui para as aturar.’’ digo um pouco furiosa enquanto caminhava para a janela para ver a vista que tínhamos do quarto e me distraindo com o homem de preto que estava sentado no barquinho em frente ou rio sem se mexer ah algum tempo.

‘’eu sei só que eu pensava que o hotel iria ser mais luxuoso sabes é um hotel de quatro estrelas estás a entender o dinheiro que não ficou aqui só para duas semanas.’’ Jennie continuou o seu discurso de críticas do hotel, da companhia Aérea e ainda por cima do táxi que nos troce até onde estávamos agora. Eu simplesmente congelei ou olhar para o homem no barquinho não sabia o que dizer nem o que fazer por isso fiquei lá só a olhar como se estivesse a espionar todos os movimentos desse homem de preto.

‘’estas a prestar atenção no que te estou a dizer’’ Jennie pergunta num tom de voz bem alto.

‘’estou desculpa distrai-me um pouco.’’ digo voltando minha atenção a mesma que pousava de maneira bem chateada em minha frente.

‘’que mentirosa’’ Jennie diz se juntando a mim na janela, ‘’ pera o que é que aquele homem está ainda ali a fazer sem se mexer nem nada?’’ ela disse com a voz um pouco tremula.

‘’ não sei era isso que eu estava a ver também.’’ digo fixando o homem.

‘’então era por isso que não estavas a prestar atenção.’’ Jennie disse após entender o porquê que eu estava distraída.

‘’ yeah, ainda bem que sabes.’’ digo logo em seguida.

‘’calma pode nem ser nada pode ser só coisa da nossa cabeça.’’ Jennie diz fechando as cortinas.

‘’pois tens razão, vamos continuar a arrumar as nossas coisas.’’ digo me afastando da janela.

Ficamos um bom tempo a pôr as coisas no sítio alguns minutos ou quase duas horas pois tudo o que fazíamos, nos fazia rir. Até que de repente algum bate na porta. Jennie se levanta da cama onde estava deitada e anda até a porta do quarto. Eu que estava com a minha concentração virada parar o teto, virá-la imediatamente para a porta.

‘’who’s there?’’ Jennie pergunta após alguns minutos que já estava na porta.

‘’Hello, it’s the room service. It wasn’t you who called?’’ uma voz desconhecida diz do outro lado.

‘’foste tu que chamaste?’’ Jennie me pergunta num tom de voz bem baixo quase que não se dava para ouvir.

‘’não, eu nem sabia que tinha servico de quarto no hotel.’’ digo no mesmo tom de voz. Jennie só asena com a cabeça e volta a virar-se para a porta.

‘’sorry, but I think you have the wrong room.’’ Jennie diz esperando uma resposta.

‘’no, I’m sure this is the right room, the man told me it was the room number 201.’’a mulher do outro lado diz.

A este momento já não tínhamos nada a dizer ninguém sabia o número do quarto que nos estávamos. So se fosse algum que gosta de piadas de mal gosto. O silêncio no quarto foi tão grande que se ouvia o rio a passar.

‘’sorry, lady there’s no man here.’’ Jennie diz um pouco desconfiada.

‘’are you sure I heard someone in there.’’ a mulher disse.

‘’yeah I’m sure so please go out.’’ Jennie diz quase gritando.

‘’okay sorry for the interruption.’’ a mulher diz saindo da frente da nossa porta.

‘’que merda acabou de acontecer?’’ pergunto rapidamente.

‘’sei la só sei que tem algum que sabe que estamos aqui e isso não vai ser nada bom.’’ Jennie responde antes que eu pudesse processar o que tinha acabou de acontecer.

‘’achas que pode ser o homem do táxi?’’ Jennie perguntou logo em seguida.

‘’acho que não ele não viu para onde viemos.’’ respondo pensando em várias outras opções.

‘’mas e se for que vamos fazer?’’ Jennie continua suas perguntas.

‘’chega dessas paranoias, não vai acontecer nada juro.’’ digo tentando acalmar lá.

‘’ sim tens razão, bom eu estou cheia de fome bora comer” pergunta já mais calma.

‘’ bora eu também quero comer” falo e saímos do quarto.

Fomos em direção ao restaurante do hotel é enorme e muito chique. Não havia muitas pessoas, mas uma coisa ou um certo alguém chamou minha atenção. Não prestei mais atenção e fui atrás da Jennie que, entretanto, já tinha perguntado por uma mesa para duas pessoas.

Fizemos os pedidos que surpreendentemente chegaram rápidos. Comemos rápido e saímos do hotel. Fomos andando pelas ruas que já estava cada vez mais cheia de pessoas. Tinha muita gente aonde passávamos alguns olhavam para nos como se estivassem a nossa procura, como se fossemos procuradas não sei explicar. Mas ter todos os olhos sobre nos era assustador, os habitantes de la não tinham um olhar la muito agradável, mas ignorámos completamente e continuamos nossa exploração.

Chegamos a frente de um coffee shop. Ele é bem caloroso e tem uma decoração muito linda. Entramos e sentimos o calor contra a nossa pele nos aquecendo pouco a pouco. Fomos acolhidas por um senhor. Ele mostrou-nos as especialidades daquele cafezinho. Eu e a Jennie pegamos o mesmo, mas para levar já que o café estava cheio.

Saímos de lá bebendo o que tínhamos pedido. Continuamos nosso caminho que pouco a pouco foi se tornando desconfortável. Alguém estava a olhar para nos um olhar pesado que dava frio na espinha. Notei que a Jennie estava desconfortável então puxei ela pra dentro de uma loja e é como se o olhar tivesse desaparecido.

Ficamos lá durante algum tempo e voltamos a sair. Nada. Ninguém estava lá o olhar não está mais aqui. Se calhar era algo da nossa cabeça, mas era demasiado real para isso ser mentira. Começo a achara que desde que metemos os pés aqui não somos muito bem-vindas. Somos só duas pessoas normais, normais, lembro-me que desde pequena meus pais e eu nós mudávamos nos frequentemente. Achava isso estranho, mas não ligava muito, pois sempre me disseram que era coisas de trabalho, então nunca me meti nisso. Já fora disso decidi morar sozinha aos meus 19 anos e foi aí que conheci a Jennie como nessa altura tinha entrado na universidade tivemos que dividir o apartamento. No início a gente não se falava e se o fizéssemos era só para os trabalhos coisas que tenham a ver com a universidade, mas com o tempo a gente se tornou inseparáveis. Começamos a fazer tudo juntas e agora estamos aqui num País desconhecido.

Andamos mais um pouco até chegar num restaurante já que era hora do Jantar decidimos ficar ali para comer. O rececionista atendeu a gente e nos levou para uma mesa de duas pessoas. Fizemos diretamente os nossos pedidos que vieram um pouco atrasados, mesmo assim não significa que não estava bom pelo contrário estava maravilhoso. Acabamos de comer e fomos andando em direção ao hotel, já estava a escurecer, mas não nos importamos, não tinha quase ninguém nas ruas comparado ou que estavam mais cedo. Andávamos pelas ruas, enquanto o frio batia na nossa pele nos fazendo arrepiar. O mais estranho é que o olhar pesado sobre nos voltou, eu olhava para trás com frequência para ver o que ou quem estava atras de nós ou que estava a olhar para nós, mas nunca via ninguém então achei que fosse coisa da minha cabeça, um pouco estranho porque deveria ter acontecer já umas duas vezes em um dia. Nem chegamos a meio do caminho desistimos, pois, o medo tinha nos consumido.

Sorte a nossa que a gente não estava longe do hotel, diria a 17 metros do hotel. Comecei a apressar-me levando, puxando a Jennie pelo braço. O olhar tornou-se ainda mais intensivo me fazendo ter um mau pressentimento. O medo começa a ficar cada vez maior. Continuamos a andar cada vez mais rápido. Olho para trás e vejo uma sombra que se escondia bem rápido atras de uma parede, com medo nos olhos olhei para a frente começando a correr. Jennie sem intender nada pois ela não tinha visto a sombra, simplesmente corre atras de mim. Corremos até chegar ou hotel, chegamos lá fora de folgo quase morrendo de falta de ar, não tinha sido dois metros de corrida ou assim, mas 17. Entramos no hotel e fomos de elevador até ou quinto andar onde ficava nosso quarto, ou chegar lá abri a porta com as mãos tremulas quase deixando cair a chave no chão.

‘’o que te deu puto?’’ Jennie pergunta se sentando na cama dela olhando para mim.

‘’vais me dizer que não viste a sombra da pessoa que estava atras de nós na rua?’’ pergunto enquanto trancava a porta do quarto a chave me dirigindo as janelas.

‘’ não, não vi então foi por isso que começaste a correr do nada feita maluca, pode ter sido coisas da tua cabeça acho que esta simplesmente cansada mais nada.’’ ela diz se levantando pegando um pijama.

Eu sabia que não era coisa da minha cabeça só que ouvir Jennie a falar assim podia ser que ela estivesse certa e se fosse só coisa da minha cabeça. Será que estou a ficar maluca de vez? 

‘’ não eu não estou tão cansada, mas é melhor eu desancar” digo me deitando na cama

Eu sabia perdidamente que aquilo não era da minha cabeça porque o mau pressentimento continua presente. Mesmo tentando esquecer aquilo lembrava me daquela sombra preta e um no formava-se na minha garanta e o medo consumia-me alimentando o meu mau pressentimento.

De tanto pensar nisso acabei por adormecer cheia de dor de cabeça. Acordei no meio da madrugada com uns barulhos na janela, pensava em me levantar, uma das únicas coisas que me fizeram não me levantar naquele momento foram as dores de cabeça. Após alguns minutos deitada na cama farta de ouvir as batidas na janela levante-me sem pensar duas vezes. Pensei em acordar a Jennie, mas se fosse para ouvir que era coisa da minha cabeça outra vez preveria deixá-la a dormir, eu sabia que podia estar completamente a enlouquecer por causa do homem de preto que estava sentado no banco ou pé do rio, pois tudo começou quando fucei meu olhar nele mais cedo. Cheia de medo do que poderia ver no lado de fora, andei até a janela para saber que filho da mãe estava a mandar pedrinhas na janela de madrugada. Antes de chegar à janela peguei meu telemóvel para ver que horas eram, exatamente quase 4 da manhã, minha cabeça ainda latejava de dor, mas ignorei completamente. Cheguei mais perto da janela segurei na cortina com mãos tremulas e abri. A sombra de mais cedo, senti meu corpo inteiro a congelar e o olhar da sombra sobre mim. Esse algum sabia quem éramos e o que estávamos ali a fazer. Ouvi um barulho vindo do lado de dentro foi a Jennie trocando de lado, senti meu coração sair pela boca só do susto que ela me deu. Olhei rapidamente de volta para a janela e a sombra já não estava lá, congelei a esse ponto. Cheguei mais perto da Jennie e a chamei e abanei-a delicadamente. Ela levantou a cabeça bem rápido o que me assustou.

‘’o que foi’’ ela pergunta coçando os olhos.

‘’sabes a sombra que te falei mais cedo?’’ perguntei.

‘’outra vez, que horas são?’’ Jennie olha com cara de cansada para mim.

‘’ela, ela estava ali, lá fora eu vi-a ela estava a mandar pedrinhas na janela e eu a senti a olhar para mim e.…’’ digo com a voz tremula sendo interrompida pela mesma.

‘’olha sei que estas com medo, mas tens de pensar e se for só coisas da tua cabeça é melhor te deitares a descansar okay, amanhã contas-me o que viste, agora não pois estou cheia de sono desculpa.’’ ela diz com uma voz bem doce e querida para me acalmar.

Concordei com a cabeça e foi em direção a minha cama e me deitei debaixo dos cobertores, mas não conseguia parar de pensar naquela sombra e a maneira que a senti a olhar para mim era surreal. Foi dormir com tudo isso na cabeça o que me fez sonhar com muita coisa ou mesmo tempo.  

Acordei de manhã com o barulho do curador. Estava cansada e cheia de dor de cabeça. Não queria sair da cama, mas a curiosidade batia mais forte. Jennie já estava a pé e vestida, então levantei-me peguei uma roupa confortável já que não estava muito no clima para outra roupa. Vesti-me e foi me assentar na cama para calçar umas sapatilhas.

‘’ esta muito calada ainda não disseste nada, o que aconteceu?’’ Jennie pergunta preocupada. Pelos vistos não se lembrava do que tinha acontecido esta madrugada.

‘’nada só estou um pouco cansada e com dor de cabeça.’’ digo uma voz seca o que a fez desconfiar que estava tudo bem.

‘’okay, se tu o desses, vamos comer pode ser que a dor de cabeça passe.’’ Jennie disse se levantando e abrindo a porta que por sorte ainda estava trancada.

Saímos do quarto e chamamos o elevador para descer até ao andar onde se encontrava o restaurante.

Ao chegar lá em baixo senti um ambiente meio pesado o que me fez sentir desconfortável. Não sabia do que se tratava, então, só segui a Jennie que já se encontrava na porta do restaurante. Procuramos uma mesa para duas pessoas, fizemos nossos pedidos que demoraram cerca de 5 minutos para chegar, isso já não nos incomodava pois tinha sempre muita gente. Estávamos a comer e a conversar até que a porta do hotel é brutalmente aberta deixando vários homens de terno preto entrar fazendo duas filas uma de cada lado deixando uma mulher aproximadamente da nossa idade, cabelos pretos longos olhos cinzentos e frios, alta. Ela começou a andar e os homens curvam-se.

“Você não tem a autori”

“Cala a boca, antes que você seja o próximo a conhecer o outro lado da morte…não precisam saber quem eu sou…só vim investigar”

Eu e a Jennie nós olhamos com suor a correr da testa, nessa altura tinha me lembrado da sombra será que- não, não pode ser. Comemos rápido enquanto pessoas tentavam sair, mas os homens não deixavam ninguém passar e se alguém gritasse eles os faziam desmaiar. Fomos para nosso quarto fugindo dela, mas em vão ela começou a correr atrás de nós.

Alguns segundos depois consigo despistar ela pelo menos é que eu achava após sentir alguém torcer o meu braço com força atrás das minhas costas e a minha cara bater no chão. Essa mulher, ela me dá medo. Olho para o lado notando a Jennie acordar, o que ela desmaiou desde quando ela desmaiou. Não ouvi ela a cair. O medo me consumia não sabia o que estava acontecendo não tinha palavras para descrever se algum me perguntasse o que tinha acontecido não saberia explicar foi tudo tão rápido. A única coisa que via era dois pés aparecendo em minha frente, e os meus pulsos serem soltos. Olhei para cima e a vi, era a mulher. Tentei mexer minhas mãos, mas sem sucesso, minhas mãos estavam presas e eu nem tinha notado, meu coração parou quando meu cérebro processou que estava presa. Ela era rápida e seu movimento delicados, mas precisos. Ela sabia o que fazia, o olhar dela mostrava o quão superior ela era. Ela do nada tira um cigarro o acendendo e olhando de forma superior para mim. Abaixei o olhar será que é ela a sombra preta que nós temos seguido este tempo todo?

“Não…” ela diz simplesmente, como assim não, ela é maluca?” Eu não sou a sombra preta” ela fala, como, como ela acertou o que eu estava pensando.

“da próxima vez eu mato vocês” ela fala saindo dali indo em direção ao elevador

A Jennie veio se pôr ao meu lado me perguntando se estava bem.

“sim só estou com um pouco de dor, mas nada que eu não possa suportar” digo me levantando

Fomos para baixo vendo o corpo coberto. Encontram no quarto ao lado do nosso. A mulher aparece se pondo ao lado do corpo e num movimento rápido ela retira o tecido de cima do corpo revelando um homem. Aquilo fez o meu estômago fazer voltas, eu queria vomitar, chorar, olho para a mulher ela está normal, até com um morto ela o olha com superioridade. Ela não é normal. Ela traga uma última vez no cigarro dela para o apagar depois.

“Max Mornhaus” fala normalmente, ela o conhece?

‘’Max Mornhaus. 29 anos. Trabalha para uma empresa de tecnologia. Bem-sucedido. Não tem família e é filho único. Nasceu na Inglaterra. Lindo, mas burro. Filho do papai, normal que ninguém notou na morte dele que já faz três dias. Fisicamente ele não tem hematomas, sinais de violência, esfaqueamento ou balas, mas pude notar sobre um ângulo de vista uma agulha fina, quase invisível, espetada no pescoço.’’ Ela sussurra se abaixando pegando o objeto do pescoço da vítima.

Ela tira uma caixa de dentro do vestido dela. A caixa continha uma seringa com um produto que ela injeta no corpo. A mulher da ordem aos homens de levar o corpo. Do nada ela toca na garganta e olha para a senhora ao nosso lado, a dona deste hotel.

“aqui está sempre tão frio” pergunta friamente

“n-não minha senhora”

A mulher acena e começa a andar ao longo do corredor. Ela era fria respondia desse jeito curto e sincera. Ela é calma até em situações como estas. Superficialmente ela parece ser gentil, cuidadosa e sociável, mas deve ser uma fachada pois o tom de voz dela é autoritária, mas suave.

Ela começa a andar até chegar ao fim do corredor onde tinha uma janela tapada por duas enormes cortinas. Ela abre as cortinas notando que a janela não estava bem fechada. Ela a abriu e começou a analisar ela, porque foi aberta a força pelo lado de fora.

“estranho, estas marcas parecem ter sido feitas algumas Horas “fala e sai correndo até ao quarto da vítima se direcionando a janela dele

Olha atentivamente notando que as marcas são diferentes o que quer dizer que a janela do fundo foi aberta esta noite enquanto está já faz três dias. Vai em direção a casa de banho notando uma câmara desligada. Ela parece já estar ali a mais de três dias pois já tem poeira. Pega ela e mete dentro demonstro saquinho. Sai do quarto voltando para o corredor e começa a analisar tudo, todos os cantos. Ela chega perto de uma mesinha e começa a mexer, ela passa a minha mão por baixo da mesa notando algo. Ela tira o objeto e efetivamente outra câmara. Ela chega se perto dos seus homens mando três revistarem o hotel inteiro à procura de câmaras, outro três manda para as portas para que ninguém se atrever a passar por elas, e o resto entrevistar toda a gente presente naquele sítio.

‘’enquanto todas as câmaras não forem encontradas ninguém sai daqui.’’ ela grita bem fria.

Agora é que estamos na merda, se acontecer alguma coisa não temos telemóvel, documentos, dados daqui ou algum conhecido. Era para ser só umas freias normais e acabou por ser uma cena de crime, primeiro um homem que não me sai da cabeça, segundo a sombra que nos seguia na rua, depois as pedrinhas na janela e o olhar mortal e agora estamos presas num hotel onde alguém literalmente morreu a três dias, nos só estávamos lá a literalmente 1 dia e meio e já aconteceu isto tudo. Estava cada vez mais perto da nossa vez de ser entrevistadas, o melhor era que eles falavam português então tinha a certeza que podia explicar tudo que vinha de acontecer dês que possamos os pés neste país. Nunca fomos bem-vindas aqui, ninguém nos queria duas pessoas de países diferentes que decidiram entrar aqui sem autorização, claro que é normal não estar habituados a ter assim do nada algum que vem de qualquer lado que não sabem nem falar o idioma nacional, nem conhecem nada, nem se sabe o que querem nem o que vieram fazer, podem ser qualquer coisa espiões, terroristas ou muito mais. Tudo estava a correr mal quem entrava na sala onde eles faziam as entrevistas saia com cara de quem tinha visto um fantasma, logo em seguida entrou uma mulher que já estava na casa dos 30, os olhos dela transmitiam medo e lagrimas escoriam pelos olhos dela. Não me lembro de muito mais, mas o que me lembro bem é que depois de algum tempo chegou a minha vez, meu coração estava a bater tão rápido que podia sentir do lado de fora sem nem pôr a mão no peito. Ou chegar lá, um dos três homens olha para mim de cima para baixo umas duas vezes e acaba por me olhar com um olhar mortal. Ele deve pensar que é quem.

 “carta de identidade” ele pede friamente. Eu queria rebater por eles tratarem todos aqui mal.

“e se não der o que vai fazer” falo sarcasticamente a espera de uma reação, mas em vez disso sinto algo frio se encostar na minha cabeça.

“faz o que ele te manda é tão difícil.” uma voz feminina diz atras de nós. Olho para traz para a ver com um olhar mortal.

“n-não” digo tremendo, ela estava a apontar uma arma contra a minha cabeça. Não posso fazer mais nada além de obedecer não quero morrer.

“vocês não são daqui pois não” ela fala me olhando nos olhos.

“n-não” digo de voz tremula. Eu voltei a abaixar o olhar, o olhar dela era tão intenso que podia intimidar qualquer um, mas isso já não é novidade para ninguém.

“porque pergunta?” pergunto voltando meu olhar para a mesma que se encontrava atras de mim.

“não e da sua conta pirralha” ela fala grossa “se eu fosse você nunca teria saído do lado dos meus pais” ela fala saindo dali.

Como, como ela sabe disso, que, é ela de verdade, ela não é normal, será que nunca deveríamos ter vindo aqui, só com uma frase ela conseguiu me deixar receosa sobre minhas decisões. Ela é um demônio em pessoa.

“Matilde estás bem pareces pálida, mais do que o costume” pergunta preocupada

“Sim não te preocupes, acho que é só cansaço com tudo que tem se passado” minto para ela

“Está bem se tu o desses eu vou acreditar, mas promete-me que se estiver a acontecer algo vais me dizer logo okey.” ela me faz prometer imediatamente.

“podem se retirar.” Um deles diz nos olhando.

 

Sai de la sem palavras, não sabia o que dizer nem o que pensar minha cabeça estava completamente cheia de qualquer coisa sem ser coisa boa.

“Bom deixarei três homens aqui, eles vão ficar durante uns dois dias o tempo de revistar o hotel inteiro, tome este check contém uma boa quantidade de dinheiro imensa uma parte para pagar o tempo que eles fiquem e outra façam o que querem" ela diz com a voz bem calma saindo pela mesma porta que entrou.

Depois que ela saiu me virei para a Jennie e fiz sinal para subirmos para o quarto, ela olha para mim e concorda. Fomos em direção ao elevador, mas não o chamei simplesmente comecei a subir as escadas. Jennie sem intender nada olha para mim com cara de confusa.

“vais de escadas?” Jennie pergunta após ver eu passar direto pelo elevador.

“yep, não me apetece nada ir de elevador, mas se quiseres podes ir de elevador. "digo com a voz baixa.

“okey, encontro-te lá em cima. "ela diz chamando o elevador.

Eu subia as escadas com a mente em outro lado, só conseguia pensar no que tinha acontecido nada estava correto, nem se quer o porquê de estar aqui. Estava tão concentrada nos meus pensamentos que acabei por falhar uma escada, tropeçando na mesma escada que não tinha visto, parei no meio das escadas e me assentei la mesmo. Ainda estava no 3º andar, fiquei lá um bom tempo até que alguém chegou.

“hey, are you fine?” diz uma voz grossa o suficiente para não ser uma mulher.

“oh, hey, yh I’m fine thanks for asking ”eu respondo passando a mão nos olhos.

“okey, if you say so. Anyways I’m Leandro what about you?” Ele pergunta meigamente assentando-se ao meu lado.

“ none of your business” digo rudemente.

“nossa você é bem rude” ele fala sorrindo.

Nossa que sorriso. De perto ele até que é bem lindinho. Grande magro, mas musculoso, cabelos marrons, olhos castanhos-claros.

“Você não parece bem” ele fala me olhando

“É” eu não sabia o que dizer estava tão perdida

“Você quer falar” ele pergunta gentilmente

“Estou meio confusa” faço uma pausa “aquela mulher me deu medo, o olhar dela”

“É ela me deu medo também” fala rindo “sabes podes me dizer o que quiseres prometo que não conto a ninguém.” Diz sorrindo para mim. Por algum tempo me perdi no olhar dele até voltar a mim.

“Toma meu contato” dou-lhe meu número “tenho de ir até”.

“espera...” ele diz enquanto me levanto subindo as escadas.

Cheguei ou quarto Jennie já estava lá a um bom tempo, deitada na cama quase a dormir.

“onde esteve senhora?” ele diz me lembrando da minha mãe quando eu chegava tarde a casa de alguma festa.

*FLASHBACK ON*

Era quatro da manhã ainda não estava em casa sabia que iria levar na cabeça quando chegar. Estava na porta de casa respirei fundo antes de meter a chave na porta. Abri a porta entrei na sala acendi a luz pois estava tudo escuro. Minha mãe estava là olhando para mim com uma cara nada boa. Ela continua olhando para mim sem dizer nada.

“onde estava senhora" ela diz me olhando com raiva, “quantos anos achas que tens vinte”.

“desculpa, não vi as horas” disse tentando que ela me desculpasse, mas não foi isso que aconteceu.

*FLASHBACK OFF*

“tas bem?” Jennie pergunta.

“sim” digo com a voz baixa passando as mãos na cara e sentindo alguma coisa molhada, lágrimas, como assim isso não me acontece a anos. Não era muito de mostrar muitos sentimentos então foi uma das únicas vezes que ela me viu chorar. Peguei um casaco e sai sem avisar nada a Jennie, eu sentia o olhar dela sobre mim, mas ela não disse nada então fiz o mesmo abri a porta e sai. Me dirigi a porta de entrada do hotel e sai de lá estava com muita coisa na cabeça por isso tinha de ir apanhar um pouco de ar. Sai e andei até ou barquinho que tinha enfrente au hotel no caso não estava muito longe mais ou menos só um 3 metro de distância no caso se acontecesse alguma coisa era só entrar para dentro.

Após algum tempo la sentada sem fazer nada uma mulher de cabelos loiros compridos se ausentou ou meu lado, ela tinha aproximadamente minha idade. Nós ficamos lá sem se falar sem trocar olhares. Eu olhava algumas vezes para ela só para admirar seus olhos verde-azulados, profundos e frios, mas capazes de exprimir vários sentimentos. Ela me apanhou olhando para ela e deu um sorriso de canto o que me vez sorrir de volta. Mas isso foi o único contato que tivemos, antes que ela se levantasse e fosse embora. Ela deixou um papel cair do bolso. Me levantei para pegar no papel para ver se tinha algum dado dela para que pudesse devolver o papel, nada só número de telemóvel e um “liga-me” sabia que tinha sido ela que o escreveu, meti o papel no bolso e comecei a andar até ou hotel. Entrei e subi as escadas cheguei au quarto, respirei fundo antes de entrar. Abri a porta a espera que Jennie estivesse lá, mas pra minha supressa ela não estava lá o que me preocupou um pouco, pensei que pudesse simplesmente estar a comer alguma coisa no restaurante então não pensei mais nisso. Deitei-me na cama a espera dela para lhe contar da mulher que tinha visto, mas ela nunca chegava já se tinham passado uma boa hora. A esta altura ela já deveria ter me avisado onde ela andava, mas nem uma mensagem nem uma chamada. Isto estava a preocupar me seriamente. Vou em direção a rececionista, pergunto lhe se ela tinha visto a Jennie, mas nem ela sabia me responder. Meu coração parou como assim ela também não sabia onde ela estava. Veio me uma ideia a cabeça, lembrei-me do contacto da loira que nem sei o nome. Peguei o papel e tirei o meu telemóvel do bolso e sai do hotel. Compus o número de telemóvel e esperei. Deu sinal, mas ninguém atendeu. Tentei outra vez e outra vez só dava sinal ninguém atendia, já estava farta, sangue fervia, já tinha desistido até que sinto meu telemóvel vibrar, peguei nele um pouco aliviada pensando que era a Jennie, era a loira.

“alo” ela diz do outro lado da linha.

“alo quem é?” pergunto mesmo tendo certeza de quem era.

 “Beatriz, e tu deves ser aquela mulher de mais sedo.” ela afirmou.       

“Matilde, pode me chamar Matilde.” digo sorrindo.

“bom de te conhecer.” ela diz como se estivesse a conhecer a pessoa mais rica do mundo.  

“o prazer é todo meu” digo logo em seguida.

“o que precisas?” ela pergunta como se soubesse que tinha acontecido alguma coisa.  

“no caso que seja urgente nada, mas...” eu digo antes que ela me interrompesse.

“eu sei o que se passa, não preciso que me digas” ela diz quando eu arregalo os olhos.

“como, como é que sabes” digo um pouco indignada e surpresa.

“bom, longa história, podemos nos encontrar para falar sobre isso se quiseres” ela diz como se não tivesse acabado de dizer que me estava a espionar indiretamente “então por favor não penses que sou stalker ou assim alguma merda, pelo contrário já passei pelo mesmo, ficavam horas a espionar me sabiam tudo sobre mim, também tinha vindo aqui só de férias e agora é onde moro, não me deixaram sair do pais quando minhas férias tinham acabado perdi tudo o que tinha na Espanha, não quero que te aconteça a mesma coisa.” ela continua a contar um pouco da história dela.

“sinto muito por isso” eu digo me sentindo um pouco mal.

“okay podemos nos encontrar no café perto do teu hotel” ela diz marcando um sítio para a conhecer.

“as 14 da tarde amanhã” digo concordando com o sítio.

“do svidaniya” ela diz desligando o telemóvel (adeus).

“o quê” digo com um assento muito português e desligo o telemóvel.
Após sete horas, alguém bate na porta para que eu abrace, estava cheia de preguiça então eu nem pensei em abrir, mas não paravam de bater então abri era a Jennie. Ela chegou toda molhada, com falta de ar e cabelo despenteado, parecia que tinha acabado de correr a maratona, como se fosse Usain Bolt. 
“sabes que quase me mataste do coração né” pergunto com a mão na cara pois estava cheia de sono.
“yh, yh, claro que sei” ela diz, ela estava assustada conseguia dizer isso só por olhar para ela, ela tremia muito.
“o que aconteceu” eu pergunto após um silêncio muito constrangedor.
“nada” ela responde bem seca.
“como assim Jennie, tu desapareces durante sete horas e apareces a tremer toda molhada e tens coragem de me dizer que não é nada.” digo olhando para ela.
“já disse não é nada mano.” Ela diz revirando os olhos.
“sabes que me podes dizer tudo o que quiseres né” digo um pouco preocupada.
“sei, não te preocupes…esta tudo bem” ela diz se deitando na cama e adormecendo. 
 
Nesse momento passou muita coisa na minha cabeça, coisas que nem podia imaginar acontecer, coisas inacreditáveis, coisas que não desejo a ninguém. Mal consegui dormir de tanta coisa que tinha na cabeça só podia pensar no que podia ter acontecido para ela chegar ou quarto daquele jeito. Sentia meu coração a bater tão forte que não tinha como deitar sem me sentir mal. Após algumas horas deitada na cama só a olhar para o teto, lembrei-me de uma coisa, a coisa que poderia mudar o que estava a acontecer. A Beatriz, ela poderia me ajudar. Era mais ou menos 3 da manhã, mas nada me impediu de lhe mandar mensagem.
*chat ON*
-Olá, desculpa estar a incomodar, mas tenho de me encontrar contigo agora
-Ok calma podemos nos encontrar 
na porta do hotel, tudo bem pra ti?
-Claro sem problema algum até já.
-Até
*chat OFF*
Saiu da cama e visto me. Saiu do quarto olhando uma última vez para a Jennie que dormia tranquilamente antes de me virar e fechar a porte. Desço as escadas devagar, mas com o passo apresado. Estava bem frio, mas eu precisava falar com ela. Já tinha passado da hora de nós encontramos na porta só que ela ainda não tinha chegado, achei que ela tinha desistido de vir então fiquei lá mais algum tempo só para ter a certeza de que ela não estava atrasada. Após algumas horas a espera que ela chegasse, ouvi um caro. Um caro preto com vidros pretos não se via nada para dentro. O condutor abriu o vidro. Era ela, respirei fundo por ver que não ia morrer agora mesmo.
“entra” ela diz olhando para mim.
“okay, mas porquê?” pergunto, pois pensava que íamos ficar à frente do hotel.
“vamos sair daqui é muito perigoso, se “eles” ouvirem tu a falar comigo podem acabar por três vezes pior do que já fizeram.” ela responde olhando desconfortável para os lados.
“okay se tu o dizes vou contigo, só para avisar que te dou a confiança da minha vida” digo lhe avisando para prestar atenção no que iria fazer.
“não te preocupes estas segura comigo” ela diz olhando para o retrovisor. 
Ela liga o caro e começa a rota. Após algumas horas chegamos a um lugar, um lugar bem desconhecido. Isso é que eu não conhecia, eu cheguei lá estava a tremer de frio.
“filho da puta de sítio frio.” digo metendo as mãos no bolso.
“tens razão, mas não podemos fazer nada.” Beatriz diz andando em direção a uma tenda.  
“que merda é esta?” pergunto vendo uns quadros bem loucos dentro da barca.
“calma são quadros” ela diz me olhando e se virando diretamente para o chão.
“não me digas, não sabia pensava que eram corpos.” digo sarcasticamente olhando para a mesma.
“asserio não pensei que estivessem assim tão realistas.” ela diz levando a sério minha ironia.
“claro que não” digo me virando para trás.
“okay, estas a olhar para onde” ela pergunta ou ver que me tinha virado para trás.
“não é nada só tinha ouvido um barulho estranho” digo me virando para a frente.
“okay se tu dizes que está tudo bem está bom” ela diz se virando e remexendo nos quadros.
“estas à procura de que?” pergunto com medo do que ela iria fazer.
“De um quadro que te quero amostrar" ela responde sem me olhar.
“Okay se tu o dizes acredito em ti, mas qual é o quadro talvez possa te ajudar. "pergunto a espere de uma resposta.
“Um quadro de uma pessoa" ela diz focando no chão.
“Muito obrigado, só tens quadros de pessoas" digo fechando os olhos os abrindo logo em seguida.
“ENCONTREI" ela gritou.
“Deixa eu ver" digo pegando o quadro da mão dela. Tinha uma pessoa de roupa preta nele, ela não me era desconhecida. A mulher de ontem, senti um frio na espinha. O barulho que tinha ouvido atras de nos estava mais alto e próximo. Alguém, alguém estava a aproximar-se cada vezes mais de nós, eu o podia sentir. Não sei quem era, nem se era homem ou mulher. De repente ouvimos barulhos de batidas na porta, olhamos rapidamente para a mesma. O medo que senti a este momento nunca mais esquecerei, olhei para a Beatriz e ela tava tão chocada o quanto eu. Me dirigi a porta, pensei em a abrir só que quanto estava a estender minha mão em direção a maçaneta da porta ela agarrou minha mão com forca.
“faz de conta que não está ninguém aqui” ela diz me puxando para longe da porta.
“ok, calma não vou abrir” disse só para que ela solta minha mão.
Após algum tempo la sentada a olhar o quadro que ela tinha pintado da detetive que tinha investigado o assassinato no hotel. Já se tinham passado mais ou menos uma hora que estava lá, já estava preocupada com Jennie nunca fiquei tanto tempo longe dela. Ou pensar nela senti algo estranho, algo que me diz para voltar ao pé dela para que nada acontecesse de mal com ela, algo que me fez refletir um pouco em tudo, algo que não era bom.
“Beatriz peso imensas desculpas só que tenho de voltar, algo me diz que alguma coisa pode chegar a acontecer. Podes me levar? Por favor”, digo com a mão no peito.
“claro sem problema algum vamos” ela diz saindo da tenda em direção ou caro.
E lá fomos nos chegando au hotel pedi a Beatriz para entrar comigo, pois o medo que estava a sentir era imenso. Au entrarmos, lá estava ela a detetive a nossa espera. Não estava a espera que ela estivesse a minha espera, mas lá estava ela. Tomei um susto de leve, mas tudo bem.
“boa noite”, ela diz nos olhando decima abaixo.
“boa noite, Yuna” Beatriz diz bem confiante. Pera elas já se conheciam?
“b-boa noite, senhora” digo sentindo suor frio a escorrer pela minha espinha.
“preciso falar com sigo, senhorita Matilde" ela diz se levantando da cadeira onde estava.
“sim claro” digo após congelar um pouco após ouvir meu nome.
“claro, Matilde já vou indo tá amanhã diz me alguma coisa” Beatriz diz saindo de la.
Após ela ter saído, sabia se tentasse fazer alguma coisa contra ela, tinha 94% de chance de morrer.
“não me temas, só te quero ajudar” ela diz se dirigindo em minha direção.
“eu não a temo” disse isso sem pensar duas vezes, eu vi nos olhos dela que ela sabia que era mentira.
“eu sei que estás a mentir, já me conheces talvez nem te lembras de mim, mas eu lembro-me de ti como se estivesse a voltar no tempo.” Ela diz se aproximando de mim “com certeza sabes quem sou certo?” ela perguntou sorrindo.
“acho que sim, mas não tenho a certeza se era você” digo coçando a cabeça.
Ela ri dizendo a seguir “lembraste do teu irmão?” ela pergunta. A este ponto senti um frio na espinha, meu irmão tinha sido assassinado há quatro anos como ela o conhecia.
“lembro, porque pergunta?” pergunto logo depois.
“eu andei com ele na escola, estávamos sempre juntos, ele me considerava melhor amiga dele. Até que…” ela diz sem acabar a frase dela, enquanto os olhos dela se enchiam de lagrimas, o que me deixou bem surpresa.
“até que ele conheceu o Matias, e se meteu em problemas com muita gente. Ele tinha começado a tomar droga e a fumar tudo o que podia sendo ilegal ou legal, saia para festas só voltava depois da cinco da manhã bêbado a casa. Meus pais sempre diziam que ele podia pois era um homem, algumas vezes chegou até a violar sertãs pessoas. Cheguei ou ponto de não poder sair a rua pois toda a gente me conhecia por causa dele. O Noah não tinha medo de nada, um rapaz forte cheio de coragem…” digo continuando a frase dela, com lágrimas nos olhos que tentava conter, mas era tão difícil lembrar de tudo aquilo que se tinha passado, quando reparei estava a chorar nos braços dela. Ela fazia carinho no meu cabelo enquanto chorava silenciosamente junto a mim.
Então após algum tempo abraçada a ela chorando, ela nos separa e olha para cima, respira fundo e volta o seu olhar para mim. Fiz o mesmo e depois bateu o que estava la a fazer, a Jennie, tinha me esquecido completamente disso. Antes de ir embora agradeci por tudo o que Yuna tinha feito pelo Noahzinho.
“agradeço imenso por teres feito o que fizeste pelo Noah, acho que ele era capaz de fazer pior se não o tivesses salvo naquele dia na ponte. Eu nunca teria coragem de me meter na vida dele, mas nesse dia ele tinha me chamado para a ponte nosso lugar preferido, se tu não tivesses aparecido ele acabaria com a própria vida ali mesmo.” Digo a abraçando uma última vez.
“não tens de agradecer alias ele era meu melhor amigo, não podia o deixar acabar assim como ele queria tinha de fazer alguma coisa” ela diz me abraçando de volta.
 
*Flashback ON*
Dia 18 de setembro de 2009
“laranjinha anda comigo á ponte” rafa me pede bem carinhoso.
“claro, mano vamos” respondi sem pensar duas vezes.
Nosso lugar preferido, uma ponte com cerejeiras em toda a volta, nunca tive palavras para descrever o que achava daquele lugar. Au chegar lá o vento batia no meu cabelo longo o que o fazia voar, Noahzinho pelo contrário ficava com seu cabelo todo despenteado. 
“Maninha, olha para mim, talvez o que irei fazer agora nunca iras esquecer, mas eu precisava de ver este sítio uma última vez com a pessoa que mais amo no mundo, tu. Mas também é para que tu leves esta mensagem para a mãe, o pai e a Yuna, minha melhor amiga e para o Matias.” Ele diz olhando para mim, sorrindo com lagrimas nos olhos.
“Ta prometo lhes dizer o que me mandares.” Digo sorrindo de volta sem entender nada pois era apenas uma criança.
“Tas preparada?” Ele pergunta antes de começar. 
“Sim” digo a espera da mensagem.
“Pai, mãe sei que podem estar se a perguntar, porque estou a mandar esta carta pela Matilde, mas tem uma razão. Eu estou a passar por muito nos últimos dias nada corre como devia, mas sempre tive a vossa confiança e respeito. Meu coração não aguenta mais nem meu corpo ter tudo encima de mim é difícil, não vos quero ver chorar, nem acharem que a culpa é vossa. Peço desculpa por ter feito o que fiz durante estes anos todos. Amo-vos mesmo que não o demostre.” Ele acaba a mensagem para nossos pais.
“ta, mas o que se passou?” pergunto com esperança que ele respondesse.
“matilde, menos perguntas mais ouvir o que te digo” ele diz rindo da minha cara.
“esta bem, desculpa. Próxima mensagem” digo para que ele continuasse.
“querida Yuna, peço desculpas por tudo o que te fiz passar, foi difícil para mim ter de te deixar ir, só porque não querias estar como Matias e ele não gostar la muito de ti, ele disse que eras uma má influência para mim, mas na verdade a má influência era ele. Parti-te o coração, trai a tua confiança e perdi o teu respeito tal como o ganhei, tua amizade vale mais do que ouro mais que tudo na vida. Espero que me desculpes não aguento mais te ver de longe e não poder falar contigo ou te abraçar. Eu sei que o que fiz é imperdoável mesmo assim queria tentar que me perdoes mesmo depois da minha
morte, mesmo depois de tudo o que fiz. És a melhor” ele continua as mensagens.

“Matias, nem sei porque te estou a mandar uma carta, mas prontos espero que saibas que es a pior pessoa que poderia ter conhecido. Minha relação com meus pais, foi arruinada por tua causa, perdi minha melhor amiga e quase matei minha mãe. Matias ou se te devo chamar de Otávio. Pois eu sei de sua verdadeira identidade não foi assim tão difícil, a Yuna sempre se interessou por casos de assassinatos e essas coisas que nunca me chamaram muito a atenção, mas ela, ela sabia tudo sobre isso. Sobre relatos de assassinos e chefes de Mafias prontos acho que já intendeste do que estou a falar certo. Então só queria que soubesse que desejo muito te ver outra vez só que no Inferno.” Noah acaba com tudo o que tinha a dizer.

“NOAHZINHO” ouso algum atras de mim gritar “para não faças isso tens muita mais coisa para viver, não podes acabar assim” ela diz se aproximando de nós.

Não sabia quem era, mas também não interessava, pois, meu corpo não se mexia tinha parado de obedecer as minhas ordens. Vi Yuna pelo canto do olho, aquele sena de ver meu irmão encima de uma ponte a três centímetros de se atirar abaixo só para acabar com sua própria vida, partiu meu coração. Ao ver Yuna ele se vira em nossa direção. Yuna se instalou ao meu lado me dando um abraço bem forte o que me deixou mais confortável.

“o que estas aqui a fazer?” Noah pergunta a mesma “achei que me querias esquecer”.

“Noah por favor, faz o que digo e desce dai, tu não queres isto, tu só te queres vingar do Matias por tudo o que ele fez, mas isso não é a maneira certa de resolver tudo. Eu ouvi a mensagem que escreveste para mim, claro que eu aceito as tuas desculpas, não era preciso tanto nem é preciso te matares para eu te perdoar, pelo contrário se tu fizeres isso eu sou quem te mata a segunda vez.” Yuna diz dando um sorrisinho no fim de sua frase.

“tens razão, meu problema é com o Matias não comigo mesmo então não tenho de acabar com isto da maneira errada, mas sim da certa.” Noah diz descendo da ponte, se dirigindo em nossa direção.

Chegando ao nosso lado ele abraça Yuna, a agradecendo por tudo. Em seguida ele se vira para mim e me abraça sussurrando alguma coisa no meu ouvido que não me lembro bem o que era.

*Flashback OFF*

Quando voltei a mim ainda estava abraçada na Yuna o que me fazia lembrar desse dia e no dia onde encontraram o corpo do meu irmão decapitado. Lembro-me certamente como tudo estava, ainda por cima uma pessoa novinha a ver o próprio irmão assim e sabendo que era ele, tentando lhe dar alguma coisa e ele não pegar, estar à espera de um sorriso e só ver tristeza, procurando algum que seja gente boa. Yuna nos separou rapidamente me dá um papelzinho e um sorriso. Ela foi embora, no papel tinha seu número de telemóvel e dizia “liga-me” letra dela. Sorri para ela e me dirigi ao elevador, chamei-o. Quando ele chegou e a porta se abriu, eu não estava a prestar muita atenção no que estava a acontecer, enquanto entrava esbarrei em alguém.

“ei, presta atenção por onde andas” uma voz masculina diz.

“desculpa estava distrai…” disse parando no meio da frase au ver quem estava na minha frente.

“olá, já não nos vimos a algum tempo” ele diz sorrindo.

“verdade, não nos vimos a meio-dia” disse olhando para ele.

“tas a fazer o que aqui” Leandro diz enquanto a porta do elevador fecha.

“não estava a falar com uma amiga que veio aqui me ver já que testava a morar aqui perto. E tu estás a fazer o que aqui” eu disse claro que não iria lhe dizer a verdade.

“estava com fome então vim comer alguma coisa” ele disse. Achei que ele estava a mentir, mas não disse nada.

“okey, eu adoraria ficar a falar contigo, mas não posso tenho de ir ter com a Jennie” disse correndo pela porta fora.

“espera, eu tenho de te dizer uma coisa” eu ouvi ele dizer só que não tinha tempo para ouvir o que ele queria dizer. Quando cheguei a porta do quarto reparei que já tinha feito merda.

“MERDA TIVE DE ME ESQUECER DA CHAVE DO QUARTO” disse quase gritando.

Bati a porta na esperança de que Jennie abrisse a porta só que não parecia que ela estava acordada, decidi ficar sentada no chão do hotel mesmo. encostei a cabeça na porta do quarto e adormeci, acordei após mais ou menos 20 minutos com a voz de algum que provavelmente conhecia só que não me lembrava.

“ei o que faz aqui fora sentada no chão” alguém pergunta me acordando.

“eu não sei, acho que me esqueci das chaves do quarto e minha amiga ta a dormir” disse um pouco confusa.

“ta se tu o dizes, mas não tens frio” aquela pessoa pergunta com uma voz bem doce.

“na verdade, frio esta, mas não quero incomodar ninguém nem acordar a Jennie” eu digo encostando a cabeça na porta.

“okey, se quiseres podes vir comigo, aluguei um quarto para dois e vim sozinho” ele disse se virando e dando um sorriso. Quando olhei para ele reparei que era o Leandro, após ter visto que era ele sorri para o mesmo.

“há, a algum tempo que não te via sorrir” ele disse rindo.

“pois está a acontecer muita coisa neste momento” digo rindo atras dele.

“Jennie” a mesma diz esticando a mão para a mulher que estava a nossa frente.

“Fabiana e esta é Katherine minha colega e melhor amiga” ela diz dando a mão a Jennie.

“Matilde, é um prazer de vos conhecer” digo lhe dando a mão. Fabiana sorri para nos e nos sorrimos de volta.

“FABIANAA” a Katherine grita entrando no carro chamando a Fabiana que continuava a conversar com a Beatriz.

“foda-se, que merda é que tu queres” Fabiana diz revirado os olhos.

“temos de ir” ela responde ligando o carro.

“peso desculpa para as três, mas tenho de ir, bom em te ver outra vez” ela diz se virando. “ahhh, foi bom vos conhecer” ela diz se virando rapidamente falando comigo e a Jennie e se virando de volta.

“o prazer é todo nosso” dissemos juntas e começamos a rir. Elas foram embora e nos continuamos nosso caminho.

“então onde querem ir agora” Beatriz pergunta andando a nossa frente.

“sei la” digo olhando para a Jennie.

“MUSEU” Jennie grita dando um pulo.

“boa um museu” Beatriz diz rindo ao ver a Jennie a tropeçar.

 “temos um museu aqui pertinho, mas se quiserem podemos ir de carro” Beatriz diz continuando olhando para a frente.

“vamos de carro” Jennie diz sem nem pensar muito.

“e porquê queres ir de carro” pergunto.

“então é o seguinte já estou cansada de caminhar” ela diz com um assento meio britânico. Caminhamos até ao parque de estacionamento onde se encontrava o carro de Beatriz. A mesma entrou no carro enquanto eu e a Jennie discutíamos para ver quem se sentaria na frente.

“PEDRA, PAPEL OU TESOURA” Jennie grita só para que nos parássemos de discutir.

“okay, mas se perderes não te chateies em” digo esticando ambas as mãos.

“como se eu me chateasse assim tanto” ela diz esticando suas mãos quase as encostando nas minhas.

“pedra, papel ou tesoura” dissemos ao mesmo tempo, mostrando o que tínhamos escolhido.  

“pedra” digo olhando para os olhos dela.

“MERDAA” ela grita ao ver que perdeu a primeira rodada. “até 3” ela pergunta.

“sempre” digo dando um sorrisinho.

“Buenos dias” ouso uma voz atras de mim.

“olá” Jennie diz dando um olhar para cima.

“então, não dizes olá a quem te tirou do corredor” ele diz sorrindo, a este momento já sabia quem era.

“olá, desculpa estava um pouco distraída” digo me virando e dando um sorriso.

“não te preocupes, já sei como es” ele diz rindo.

“pois, então o clima está bom, mas distraíste-te agora o lugar da frente é meu” Jennie diz entrando no lugar do passageiro.

“FILHA DA MÃE” grito olhando para ela enquanto ela morria de rir dentro do carro.

“Então vejo te por aí” Leandro diz se virando e indo embora.

“isso mesmo, vejo te mais logo” digo andando em direção ao carro. Beatriz conduz até ao museu, chegamos lá sem nem dizer uma palavrinha durante o trajeto, foi tão silencioso que se podia ouvir e contar quantas batidas o coração dava. Chegamos lá, nunca esperava entrar em um museu sempre achei isso bem chato, mas agora aqui estou dentro de um. Andamos até a recepção e pagamos as entradas. Aquilo era maravilhoso nunca achei dizer isto de um museu, mas ok. Cada detalhe de cada estatua era incrível, estava sem palavras para descrever tudo o que vimos la. Saímos do museu e Beatriz nos levou para o hotel, subimos para nosso quarto e nos deitamos um pouco antes de nós preparámos para ir comer com a Beatriz. Apos algumas horas Jennie acorda e me chama para eu me despachar pois estava quase na hora de irmos comer, mas ela ainda não estava pronta.

“JÁ ESTAS PRONTA” Jennie grita da casa de banho.

“eu já, mas tipo estás a gritar porquê se tu ainda nem estas pronta” digo andando até a porta do quarto pois alguém tinha batido na porta.

“quem é” Jennie pergunta espiando da casa de banho.

“sei lá” digo me virando para trás.

“ENTÃO ABRE A PORTA NÃO” a voz do outro lado grita arrombando a porta

“Yu…Yuna como posso te ajudar” pergunto ao abrir a porta.

“onde esta a Jennie” ela pergunta.

“a Jennie esta na casa de banho a preparando-se para iramos jantar com a Beatriz” respondo fazendo sinal para ela entrar.

“não a tempo para vocês ficarem aqui” diz entrando na casa de banho

“Jennie sai daí agora” ela diz agarrando-a pelo braço e a puxando para fora.

“mano ainda nem acabei de pentear o meu cabelo” Jennie diz se pondo ao meu lado olhando para Yuna.

“tens preferência entre viver e morrer?” Yuna diz se virando e pegando as malas que estavam num armário.

“mas…” Jennie diz sendo interrompida pela Yuna.

“se cala garota e sai logo, não vou me repetir mais nenhuma fez” ela diz deixando tudo em silêncio.

POV Yuna

É killmonger parece que descobri, a sua ideia era fazer eu perder tempo com aquele ataque, mas parece que não correu como querias. O teu único objetivo é matares a James. Desde que ela apareceu focaste-te demasiado nela, fazendo com que os ataques fizessem muito mais. Os teus assassinatos de certa forma são inesperados, mas só foi preciso um pequeno deslize para apanhar-te. As portas, a janela tem fechaduras diferentes pode-se dizer que foi feito de propósito, o hotel esta a prova de som, tudo o que se passar no exterior ninguém ouve. Os carros dos funcionários que estão normalmente a traz do hotel já não estão lá. Vai ser um prazer matar todos vocês. Da última fez que eu vim aqui mandei meus homens retirar as câmaras que a Killmong mandou instalar e meti novas que se conecta ao sistema dela, mas ao meu também. Conclusão vou destruir todo mundo.

“se despachem, senão serei eu quem vos matarei”

“tas a brincar com a minha cara so pode” Jennie diz se sentando na cama “não vou sair daqui tu não tas a intender o quanto que eu paguei para passar aqui uma semana” ela continua.

Aponto a minha arma na cabeça dela.

“o tu sais agora o morres aqui a escolha é tua” digo fria ja farta do comportamento dela.

“Jennie é melhor irmos” Matilde diz com uma voz calma.

“Mas……” Jennie diz sendo interrompida por Matilde.

“Mas nada, queres morrer...” Matilde diz pegando na mala e metendo tudo dentro.

POV Matilde

Mano que merda, claro que eu intendia a Jennie, mas também percebia a intenção de Yuna, sei lá talvez a Jennie esteja a ser demasiado dramática.

“Yuna quantas pessoas já tiraste do hotel” pergunto se nem olhar para ela.

“Eu direi umas 68” ela afirma.

“Por nada só estava um pouco curiosa” digo saindo dali. Durante o caminho começamos a ouvir gritos.

“Que merda é que já aconteceu” Jennie diz esfregando a cara.

“Não sei, mas ficam aí” Yuna diz saindo do nosso lado.

“Que merda aconteceu com a porta” Jennie me pergunta levantando a sobrancelha.

“Longa história depois conto” digo começando a correr.

POV Yuna

Merda continuei correndo até a porta enquanto as duas me seguiam. Que burras. Retirei a minha arma e abri a porta. Não.... Impossível. Não tinha ninguém. Não outra perca de tempo.

“O que era” Matilde me pergunta quando entro no quarto.

“nada em vez de virem atrás de mim saiam daqui” digo me virando e fixando o chão.

“Mas n-” Matilde diz se virando para-Jennie.

“mas nada mecham o cu e saiam” ela está a começar a dar-me medo.

“anda Jennie, vamos esperar por ti lá fora por ti Yuna não demores” Matilde diz entrando no elevador para descer.

“não irei demorar, vão a procura da Beatriz e pede para ficarem lá” digo me virando e investigando o quarto achava um pouco impossível estar muito longe da killmonger, tudo começa a fazer sentido tudo se liga desde a morte do Noah e da May até o que está a acontecer agora. Certamente a Killmonger tem feito estes assassinatos, mas não sozinha, deve haver alguém acima dela que dirige todas as operações, alguém sofisticadamente esperto. Alguém que tenha a ver com a morte da... May e do Noah, mas quem...Matias!

Saiu daquele quarto, olho para o telemóvel, James, mensagem.

-Saímos a tempo, as portas estão bloqueadas. Não dá para entrar nem sair.

Direciono-me para as escadas vendo homens em preto armados. Enquanto eles atiravam para cima de mim eu estava a correr. Entro no quarto da James e a outra trancando. Olho para a janela, abro a mesma. Ela abre! Saio dali metendo-me em cima do parapeito da janela. Olho para o lado vendo um cano que deveria conectar-se com a Terrassa do telhado. Começo a subir até chegar na Terrassa. Olho para a frente vendo uma mulher toda de preto. Ela atirou, só tive um pouco de tempo para desviar. A bala passou de raspão no meu braço. Seguro o meu braço olhando para os lados, começo a correr até atras da pequena casa. Pego o meu telemóvel 22:22 pego a minha arma e um cigarro. Ele não deve estar a demorar muito.

Sai do outro lado do meu esconderijo. Ela não tinha se mexido a única coisa que ela fez foi apontar a arma para a minha direção. Atirei, e escondi-me atras de uma mesa. Ele começou a atirar para cima de mim. Ela parece um robô, ela não mexe quase nada. Olho para os lados e vejo uma network tower delhi. Levanto-me e corro até a pequena parede que ficava na borda dá terrassa. Ela começou a correr atrás de mim, estava a chegar na ponta, estava cada fez mais perto. Começo a dar avanço, salto. A distância entre a network e o hotel era grande.

Consegui segurar-me com uma mão, mas senti um peso a puxar-me para baixo. Segurei-me com a outra e comecei a dar chutes nas mãos dela para me largar. A ação deu resulta, mas muito um muito grande pois ela não caiu. Comecei a subir enquanto ela voltava a vir atrás de mim. Olhei para baixo e ela tinha a arma na mão. Ela atirou uma vez e eu consegui desviar para o outro lado. Ela tento atirar uma segunda vez, mas nada as munições acabaram. Recomecei a subir até aqui topo e não demorou muito para ela chegar.

POV Matilde

Após algum tempo a tentar ligar a Beatriz e como sempre ela não atendia.

“Filha da banana” digo quando a chamada cai na caixa postal.

“Filha da banana, essa é nova de onde tiraste isso” Jennie diz começando a rir.

“cala-te mano só não queria dizer merda, por isso inventei esta coisa” digo.

“o que se esta a passar”, diz uma voz vinda de trás de nós, Jennie e eu nos viramos para ver quem era.

“basicamente esta a acontecer uma guerra e nos não conseguimos entrar”, digo ao ver Leandro atras de nós.

“como assim uma guerra?” pergunta ele preocupado

“eu também não sei muita coisa, mas sei que conseguimos sair a tempo, mas a Yuna nao ela ficou lá dentro e não temos mais notícias dela ja faz meia hora” explico olhando para o batimento.

“a gente tem que ajudar ela, não podemos ficar aqui de braços cruzados” continuo

“mas como queres fazer algo se estamos só nós os três”

Sorri e olhei para a mesma. Meti-me a frente das portas do hotel chamando a atenção de todo mundo.

“desculpem, mas eu vou soar egoísta, mas tem uma pessoa muito importante la dentro o nome dela é Yuna, ela sacrificou a vida dela para nos tirar de lá e ela continua lá dentro e não temos notícias dela, a gente precisa ajudar ela como ela também nos ajudou então, ...peso vos para ajudar-me a salvar e ajudar ela. Por favor.” Peso com lagrimas nos olhos.

“verdade ela pode ser uma mulher muita fria, mas ajudou-nos a sair dali, é a nossa vez de ajudar ela também” diz um homem.

Todos começam a gritar e ajudarem-se um aos outros enquanto a Jennie e o Leandro viam ter comigo. Eles olhavam-me cheios de orgulho.

“está a chover” digo quando ao mesmo tempo uma pinga de chuva cai no chão.

“não, me digas não tinha reparado” Jennie diz para tranquilizar a atmosfera.

Começamos a ouvir barulhos de motores a aproximarem-se. Começo a avistar carros pretos que se aproximavam. Eles pararam a nossa frente revelando...os homens da Yuna, pera desde quando eles sabem que ela está aqui.

Um garoto da nossa idade sai aproximando-se de nós. Ele tinha cabelos longos escuros e olhos castanhos.

“você deve ser a James” diz ele me olhando no fundo dos olhos.

“s-Sim, mas como conheces-me" olho ele cheia de medo

“sou o braço direito da Yuna, Marco prazer” fala sorrindo

“o prazer é todo meu” digo olhando ele.

“a Yuna esta lá dentro né.” ele pergunta, mas ja sabendo da resposta.

“sim" afirmo olhando para os meus pés.

Ele faz um movimento de mãos e os homens começam a bater contra a porta durante algum tempo até que ela sede e quebra. Eles entram armados e começamos a ouvir tiros o que quer dizer que a Yuna não estava sozinha. Por puro impulso pego a mão da Jennie e Leandro e começo a correr para dentro não querendo saber se levaria um tiro. Estava a correr para todos os lados até que dou de cara com uma cena horrível. Uma mulher a lutar com a Yuna as duas extremamente feridas. Olho atentivamente para aquela cena até que Yuna escorrega caindo, mas, agarrando-se a tempo. Ela começa a olhar para os lados até que ela se vira de costas para a tower e salta. Ela esta louca. Como não a via pensei que ela tinha caído e comecei a entrar em desespero.  De repente vejo uma mão na beira e ela a subir para cima. Que susto. Enquanto isso a mulher descia. Pera onde passou a Yuna quando fui a ver ouvi um tiro e um grito vindo da minha frente era a mulher. Yuna sai do esconderijo dela e corre até a mulher imobilizando ela.

“um esforço a mais e podes dizer xau aos teus pulmões Killmonger” diz Yuna rindo.

A Yuna dá um golpe na Killmonger fazendo ela apagar-se quando sinto uma mão tocar o meu ombro. Olho para trás vendo Marco ele olhava para a Yuna de uma maneira triste, mas porque eu já não estou a perceber nada. Olho para Yuna que olhava para o chão com uma feição dolorosa, o que esta a passar-se aqui.

“vão embora, já sabes o que fazer...né!” ela diz com lagrimas nos olhos.

“parece que sim, chefe” responde Marco.

“andem temos de ir” diz Marco

“mas e tu Yuna não vens?” digo contento as lagrimas já percebendo o que estava acontecendo.

Ela desvia o olhar virando-se de costas para a gente e assentando-se no chão ao lado da Killmonger. Marco começa a puxar todo mundo, começo a debater-me eu não queria sair sem ela. Não quero mais ver ninguém sofrer nem perder ninguém já não aguentava esse facto. Vejo Yuna olhando uma última vez para trás sorrindo com a cara cheia de lagrimas e murmurando uma “obrigada” até ver as portas da terrasse fechar. Começo a debater-me ainda mais e a chorar, mas já não ia mudar nada pois já estávamos cá fora, a frente do batimento em chamas e a cair. Acabaram de explodir levando a Yuna e a Killmonger, foi a última coisa que vi antes de apagar.  

POV Matilde

Já se passaram quatro dias desde que sai do hospital, os doutores disseram que eu tinha apagado devido a ansiedade, o meu cérebro reagiu espontaneamente para se proteger de uma depressão. Já se passaram quarto dias desde que lemos a carta da Yuna.

 

Olá, bando de criaturas, escrevi esta carta porque não tenho outra opção. Descobri a verdade na verdade quem matou o Noah ao devo dizer Leandro foi a Killmonger. Na verdade, ela não matou ele pois eles eram amigos de infância. Killmonger e o grupo dela eram controlados por um único cérebro, não, não é a Killmonger e sim pelo Matias melhor Otavio.

Desculpem por ter tomado assim uma decisão, mas não tinha escolha, não tinha escapatória alem esta. A Killmonger é uma oponente muito forte então a única opção era esta. As bombas foram instaladas o primeiro dia que apareci quando encontraram o corpo do Mornhaus. A minha decisão foi oficializada quando passei pelo hotel e vi que a armação da porta tinha mudado.

Obrigada por tudo gente e espero ver voz o mais tarde possível.

Yuna

É nesse dia descobri que o Leandro era o meu irmão. Perdoei ele, mas ele vai ter que recompensar o tempo perdido. Todo o mundo esta triste e com uma moral de merda, mas estamos a fazer de tudo para avançar pela Yuna. Tentei ajudar Leandro, mas nada resultou, o primeiro amor dele morreu e ele nem teve a oportunidade de lhe dizer isso. A sim e esqueci-me de acrescentar que a Killmonger se chama Aidi.

Estava a comer num café com o meu irmão e a Jennie quando recebo um telefonema? Da polícia? Olhei para os dois que me encaravam perdidos. Atendi e do outro lado ouço uma voz masculina.

“senhorita James?” pergunto o policial

“sim sou eu" afirmo, meto o telefonema em alta voz.

“ligamos para avisar que...nenhum corpo foi encontrado” diz, olhamo-nos surpresos sem saber o que dizer.

Fim

 

Elas eram apenas duas garotas a procura de diversão, mas acabaram por encontrar o mal. De Yuna Megan


 




Envoyé: 00:09 Mon, 18 March 2024 by : Guedes barbosa Matilde age : 16